Crime aconteceu na madrugada deste domingo (31) em Lagoa de Pedras.
Mãe, que quase foi atropelada, diz que a família toda tem medo de morrer.
Um menino de 11 anos ficou
com o corpo cheio de hematomas após levar uma surra com uma barra de ferro em
Lagoa de Pedras, a cerca de 50 km de Natal. “Foi o pai dele quem o espancou
porque ficou com raiva do fim do nosso casamento. Agora estamos todos com medo
de morrer”, disse a mãe do garoto.
Dono de uma oficina
mecânica, o pai do menino tem 36 anos e está sendo procurado pela polícia. A
violência aconteceu neste domingo (30) no distrito de Mandu, zona rural da
cidade.
O G1 conversou
com a mãe da criança após ela deixar o Instituto Técnico de Perícia (Itep), em
Natal, onde levou o filho para fazer exame de corpo de delito. Foi acompanhada
por um conselheiro tutelar da cidade. “Estou amedrontada. Ele também tentou me
matar. Foi atrás de mim bem cedinho, logo que o dia nasceu. Só que eu tinha
acabado de sair de casa com minha mãe. Ele tentou passar com o carro por cima
da gente duas vezes. Graças a Deus conseguimos correr”, relatou.
Ainda de acordo com mãe, o
ex-marido foi embora após a tentativa de atropelamento, mas logo voltou. “Eu já
estava na casa da minha mãe quando ele apareceu novamente querendo me pegar.
Minha mãe não disse onde eu estava. Então ele voltou para a minha casa e tentou
arrombar a porta a chutes. Não conseguiu", contou a mulher.
"Depois, ficou
sabendo que nosso filho estava dormindo na casa de um vizinho e foi até lá,
invadiu a casa e começou a bater no menino com uma barra de ferro. Depois ele
botou o menino dentro do carro e voltou para a casa da minha mãe, ameaçando
matar o garoto para que minha mãe falasse onde eu estava. Ele deu uma nova
surra nele. Por sorte meu filho conseguiu sair correndo. Depois disso ninguém
mais viu meu ex-marido”, acrescentou.
Segundo o conselheiro
tutelar, que pediu para não ser identificado, a primeira providência foi dar
queixa à polícia. Eles estiveram na cidade de Santo Antônio, onde funciona a
Delegacia Regional da Polícia Civil, e contaram o caso para o delegado Everaldo
Fonseca. O G1 tentou falar com o delegado, mas não conseguiu contato.
Após o exame de corpo de
delito no Itep, a mulher disse que tem medo de voltar para casa. “Não sabemos o
que fazer. Meu filho precisa voltar para casa, porque ele tem colégio. E eu,
que sou agricultora, preciso voltar a trabalhar. Sou eu quem sustento meus
meninos. Tenho três filhos para criar, todos com esse meu ex-marido. Ele pode
tentar algo pior comigo e com nossa família. Ele pode querer nos matar”, disse
a mulher.
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