O ESTADO ENFRENTOU O
QUINTO DIA CONSECUTIVO DE ATAQUES
A SEQUÊNCIA DE ATAQUES NO RN É ORDENADA POR FACÇÕES CRIMINOSAS |
O Ministro da Defesa, Raul
Jungmann, classificou a situação de violência no Rio Grande do Norte como
“preocupante”. O Estado enfrentou nesta quarta-feira, 3, o quinto dia
consecutivo de ataques ordenados por facções criminosas, dessa vez em cidades
do interior. Foram 92 ocorrências em 33 cidades em todo o período; 85 foram
presos com ligação com os casos.
“Há uma insuficiência das
forças policiais e, a pedido do governador, o presidente Michel Temer nos
autorizou a mandar tropas”, disse Jungmann. Segundo o ministro, apesar de o
cenário local “seguir preocupante”, “a partir de amanhã (quinta), aquela
situação tende a se estabilizar”.
A quantidade de militares
das Forças Armadas aumentou nesta quarta e até o fim da semana a estrutura de
segurança potiguar poderá contar com mais de mil homens e mulheres. Com a
chegada das tropas, lembrou o ministro, o efetivo da Polícia Militar estará “liberado
para reforçar a segurança em outras cidades e nos presídios”.
Jungmann estará nesta
quinta-feira, 4, no Estado para participar das decisões sobre a estratégia
de atuação do reforço federal. Os militares deverão atuar na segurança de ruas,
corredores de transporte e acesso a pontos turísticos, além de prédios públicos
estratégicos.
Os soldados que farão o
reforço foram deslocados de batalhões sediados em João Pessoa e Campina Grande,
na Paraíba; Jaboatão dos Guararapes e Garanhuns, em Pernambuco; e também de
Caicó, no interior do Rio Grande do Norte.
Apesar da diminuição do
ritmo dos ataques, os ônibus da região metropolitana continuam circulando com
frota e horários reduzidos.
Investigação. O grupo
que comanda os ataques é conhecido como “Sindicato do Crime” e é a maior
organização criminosa do Estado. “A organização é muito numerosa. Nossa
preocupação é que com pouco dinheiro eles conseguem pagar adolescentes para
cometer os delitos. A grande maioria dos presos no caso são adolescentes”,
contou a delegada da Polícia Civil local Sheila Freitas.
Segundo o delegado-geral,
Clayton Pinho, o Sindicato do Crime, criado em 2013, é mantido com delitos
praticados por membros que estão fora da cadeia, e principalmente com o tráfico
de drogas. (AE)
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