Rio 16 (Por Marco Antônio
Martins, na Folha de S. Paulo) – Em 18 dias, um total de 73 furtos foi
registrado nos alojamentos de atletas na Vila Olímpica – o conjunto de prédios
na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, que abriga os competidores de todas as
delegações dos Jogos.
É uma média de quatro
furtos por dia, de acordo com levantamento da Polícia do Rio baseado em
registros de ocorrência da delegacia da região e em dados fornecidos pela
administração da Vila.
Os dados obtidos
pela Folha são correspondentes ao período entre 28 de julho (quatro
dias após a abertura da Vila) e 14 de agosto.
Houve inclusive o caso de
duas medalhas furtadas no sábado (13) e recuperadas em seguida pela equipe de
segurança da Vila. As duas peças foram encontradas com um funcionário que
prestava serviços por uma empresa terceirizada.
Em nota, o comitê Rio-2016
informou que se tratavam de medalhas comemorativas distribuídas a todos os
integrantes das delegações que participaram da Olimpíada.
Os organizadores
contabilizaram sete casos
de furtos registrados na polícia e outros 63 “incidentes” dentro da
Vila Olímpica – que podem incluir furtos não comunicados à polícia e também os
casos de objetos perdidos e posteriormente localizados.
Questionado pela Folha,
o comitê não esclareceu quais seriam os números de furtos e de objetos perdidos
entre os casos classificados como “incidentes”.
De acordo com a Polícia do
Rio, entre os objetos desaparecidos dentro dos quartos de atletas estão
celulares, perfumes, uniformes, barbeadores elétricos, dinheiro em espécie e
cartões de crédito.
A segurança nas áreas
comuns da Vila Olímpica está sob responsabilidade da Força Nacional. Já a área
dos quartos é restrita aos hóspedes das delegações e profissionais contratados
para prestar serviços de limpeza e arrumação, como no caso das camareiras, por
exemplo.
Na sexta (12), cinco
furtos foram registrados nos apartamentos da delegação da Nova Zelândia. O caso
não foi registrado na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), mas apenas à
administração da Vila Olímpica.
Após o episódio, os
neozelandeses – que perderam dinheiro, celulares e uniformes – informaram que
assumiriam a limpeza de seus quartos.
No domingo (14), um
espanhol, um esloveno e um representante da delegação do Canadá também
relataram furtos aos gestores da Vila Olímpica.
A Folha apurou
que a tensão associada aos furtos chegou a tal ponto que um atleta búlgaro
chegou a expulsar camareiras de seu quarto. Ele teria usado inclusive um cabo
de vassoura para assustar as funcionárias.
Na tentativa de conter
os furtos, a segurança interna da Vila determinou que os prestadores de
serviço guardassem suas bolsas em um local específico, antes de iniciar o
trabalho.
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