A França é um dos países
ocidentais que mais têm sido alvo de atentados ligados ao radicalismo islâmico
nos últimos tempos. Apenas em 2015, o terrorismo matou 149 pessoas e deixou
centenas de feridos, segundo dados do parlamento francês.
Isso sem contar os vários
projetos de atentados interceptados a tempo pelos serviços de inteligência do
país: mais de dez desde os ataques de janeiro de 2015, de acordo com as
autoridades.
Em março deste ano, por
exemplo, a polícia prendeu um suspeito nos arredores de Paris que detinha um
importante arsenal de armas de guerra, dezenas de quilos de material explosivo
e milhares de bolinhas de aço, que ampliam o impacto destrutor de bombas.
Na noite desta
sexta-feira, o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou que o autor do
atentado na noite de quinta-feira em Nice, o franco-tunisiano Mohamed Lahouaiej
Bouhlel, "é, sem dúvida, ligado ao islamismo radical". Na manhã deste
sábado o grupo autointitulado Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pela
atrocidade.
Há várias razões que
explicam por que a França se tornou um alvo constante de ataques.
A primeira delas são as
recentes operações militares em países como a Síria e o Iraque, contra o Estado
Islâmico, e no Mali, que também visam radicais islâmicos.
Outra razão é o fato de a
França ter a maior comunidade muçulmana da Europa, estimada em 6 milhões de
pessoas, o que corresponde a quase 10% de sua população.
Essa população imigrante
ou nascida na França de origem estrangeira sofre há décadas problemas de
integração e é, em boa parte, desfavorecida socialmente.
Residem em áreas que
concentram uma população imigrante de baixa renda, o que cria verdadeiros
guetos e favorece o comunitarismo, acirrando o sentimento de exclusão social.
Nessas periferias
consideradas problemáticas, as taxas de desemprego são maiores do que a média
nacional.
Há várias razões que
explicam por que a França se tornou um alvo constante de ataques.
A primeira delas são as
recentes operações militares em países como a Síria e o Iraque, contra o Estado
Islâmico, e no Mali, que também visam radicais islâmicos.
Outra razão é o fato de a
França ter a maior comunidade muçulmana da Europa, estimada em 6 milhões de
pessoas, o que corresponde a quase 10% de sua população.
Essa população imigrante
ou nascida na França de origem estrangeira sofre há décadas problemas de
integração e é, em boa parte, desfavorecida socialmente.
Residem em áreas que
concentram uma população imigrante de baixa renda, o que cria verdadeiros
guetos e favorece o comunitarismo, acirrando o sentimento de exclusão social.
Nessas periferias
consideradas problemáticas, as taxas de desemprego são maiores do que a média
nacional.
Lei da laicidade
O modelo do
multiculturalismo adotado em outros países europeus não é aplicado na França em
razão da lei da laicidade, de 1905, que determina a separação entre o Estado e
a Igreja.
Dessa forma, o Estado
francês não pode oferecer serviços públicos específicos para determinada
comunidade religiosa ou financiar a construção de mesquitas.
Foi com base nessa lei que
foi aprovada, em 2004, a proibição de usar símbolos religiosos nas escolas
públicas ou ainda, em 2010, o uso do niqab (véu islâmico que deixa
apenas os olhos à mostra). Orações em grupo nas ruas foram proibidas em 2011.
Quando essas leis foram
aprovadas no país, líderes de grupos islâmicos radicais proferiram ameaças
contra o país.
A lei da laicidade sempre
suscita discussões polêmicas na França, como a questão de servir ou não carne
de porco (não consumida por muçulmanos) nas cantinas escolares.
A cultura laica do Estado
francês é utilizada por radicais islâmicos como uma espécie de arma de propaganda
para reafirmar a identidade muçulmana e reforçar, ao mesmo tempo, o sentimento
de exclusão de muitos jovens.
"Nós sabemos que o
Estado Islâmico planeja novos ataques e que a França é claramente visada",
ressaltou Calvar aos parlamentares.
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