Grupo de trabalho cruza
dados de beneficiado para direcionar recursos apenas para as pessoas que
realmente precisam do apoio
O sistema de cruzamento de
dados para evitar fraudes no Bolsa Família já está em processo inicial de
execução. Quem afirma é o ministro do Desenvolvimento Social
e Agrário (MDSA), Osmar Terra, em entrevista nesta terça-feira (19).
Ele explica que o
principal objetivo da ação é realizar um pente fino no programa para beneficiar
a parcela da população que realmente precisa do auxílio.
“O Bolsa Família é uma
iniciativa importantíssima, que está focada em quem está à beira da pobreza extrema.
Nós temos que evitar que pessoas, que não estão de fato nessa situação, se
aproveitem ao também tentar receber o benefício. Conseguimos reunir um grupo de
trabalho e montar a maior base de dados da história”, destacou o ministro.
Criada há mais de um mês,
a equipe é formada por membros da Receita Federal; Ministério da Transparência,
Fiscalização e Controle; Ministério do Planejamento; Ministério da Fazenda, e
coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDSA); além ter o apoio do Ministério Público Federal e do Tribunal de Contas
da União (TCU).
Segundo o ministro Osmar
Terra, as atividades do grupo estão em fase de avaliação de parâmetros e dos
perfis de enquadramento no Bolsa Família. O balanço das análises deve ser
concluído no mês de agosto.
"O que se espera é
que quem não precisa realmente do auxílio saia e a fila ande. Com isso, pode-se
trazer para a fila de espera as famílias que têm prioridade. Acredito que
haverá um aumento de demanda por conta da crise econômica, que deixou o País em
uma situação muito grave, com cerca de 13 milhões de desempregados. Então, nós
precisamos fazer esse pente fino para proteger quem realmente precisa”,
completou ministro.
Benefício reajustado
O Bolsa Família já está
sendo pago com reajuste. Desde segunda-feira (18), o MDSA está transferindo às
famílias mais de R$ 2,5 bilhões. O pagamento segue até o dia 29.
O decreto assinado pelo
presidente em exercício Michel Temer aumenta a linha de extrema pobreza e
pobreza, que passaram de R$ 77 para R$ 85 e de R$ 154 para R$ 170,
respectivamente. O índice é superior aos 9% anunciados em maio e não
concretizados pela gestão anterior e está acima da inflação dos últimos 12
meses.
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