quarta-feira, 8 de junho de 2016

MST faz ato em Curitiba contra Michel Temer e ocupa prédio do Incra

MST faz ato em Curitiba contra Michel Temer e ocupa prédio do Incra
Os manifestantes ainda montam um acampamento no meio da Rua Doutor Faivre, no centro de Curitiba. Há interdição de tráfego de veículos na via
Cerca de mil trabalhadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), junto com outras organizações populares do campo que compõe a Frente Brasil Popular, estão nesta quarta-feira (8) em Curitiba para realizar a Mobilização Nacional do Campo e da Cidade. Eles protestam contra o presidente interino Michel Temer (PMDB) e já ocuparam o primeiro andar do prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na capital. Os manifestantes ainda montam um acampamento no meio da Rua Doutor Faivre. A via está fechada no cruzamento com a Avenida Sete de Setembro e agentes da Setran monitoram o trânsito.

A mobilização, que deve seguir pelo menos até sexta-feira (10), tem como um dos principais objetivos a regularização fundiária de 10 mil famílias que estão acampadas no Paraná. Segundo o porta-voz do MST no estado, José Damasceno, há famílias que aguardam há 18 anos a solução deste impasse. “Nosso foco principal é esse. Precisamos encontrar uma solução para essas famílias. Mas também lutamos contra o uso do Incra para fins políticos. Precisamos de pessoas capazes e que tenham conhecimento do assunto. O Incra não pode ser um espaço de aparelhamento político”, ressalta.
A ação luta ainda contra o impeachment, contra a retirada de direitos, em defesa da previdência social, da aposentadoria rural, das políticas de moradia popular e pela retomada do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), extinto pelo governo de Temer.
Os manifestantes se concentraram na manhã desta quarta-feira (8) na Praça 29 de Março em Curitiba e andaram um percurso de quase quatro quilômetros até chegar a sede do Incra. “Tem pessoas de todas as regiões do estado”, completa o porta-voz do movimento.
Os movimentos populares do campo afirmam não reconhecer o governo de Michel Temer e seu ministério, pois, segundo eles, desde que assumiu interinamente a presidência, ele está anunciando medidas que afetam diretamente os trabalhadores do campo.


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