Citado em delação,
ministro Henrique Alves pede demissão do Turismo. Segundo Sérgio Machado,
peemedebista recebeu R$ 1,55 mi em propina.
Alves classificou como 'levianas' e 'irresponsáveis' as declarações do delato
Alves classificou como 'levianas' e 'irresponsáveis' as declarações do delato
Após ser citado no acordo
de delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como
beneficiário de propina, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN), pediu demissão do cargo na tarde desta quinta-feira (16), informou a
assessoria do Palácio do Planalto. O peemedebista é alvo de um inquérito em curso no
Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga políticos suspeitos de
envolvimento na Lava Jato.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), o ex-presidente da Transpetro relatou ter repassado a Henrique Alves R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
Em depoimento à Procuradoria Geral da República (PGR), o ex-presidente da Transpetro relatou ter repassado a Henrique Alves R$ 1,55 milhão em propina entre 2008 e 2014.
Em pouco mais de um mês de
governo Michel Temer, esta é a terceira demissão de ministros em razão de
envolvimento no esquema de corrupção que agia na Petrobras investigado pela
Lava Jato. Antes de Alves, havia sido demitidos os ministros Romero Jucá (Planejamento) e Fabiano Silveira (Transparência).
Perfil
Henrique Alves tem 67 anos
e é deputado federal há 11 mandatos consecutivos, de 1971 a 2015, todos pelo
PMDB do Rio Grande do Norte. Entre 2013 e 2015, foi presidente da Câmara dos
Deputados.
Em 2014, concorreu ao
cargo de governador do Rio Grande do Norte. No primeiro turno, teve 78.582
votos a mais que seu adversário Robinson Faria. No segundo turno, no entanto,
houve a virada, e o peemedebista foi derrotado, com 45,58% dos votos.
No início de 2015, quando
a presidente Dilma Rousseff tomou posse no segundo mandato, havia a expectativa
de que ele fosse convidado para ser ministro. Mas isso não se confirmou.
Em abril daquele ano, ele
foi chamado para substituir Vinícius Alves no Ministério do Turismo. No
discurso de nomeação, Dilma afirmou que Henrique Alves desenvolveria “ainda
mais” o turismo no Brasil e reforçou a importância do cargo, devido à
proximidade da Olimpíada.
Eduardo Cunha, então
presidente da Câmara dos Deputados, elogiou o companheiro de partido. “É um
orgulho para qualquer governo ter o Henrique em seu ministério”, disse.
Alves pediu demissão a
Dilma em março deste ano, um dia antes de o PMDB anunciar o rompimento com seu
governo.
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