Fonte: Metrópoles
Incensado por
personalidades como Orson Welles e Bibi Ferreira, o ator recebeu, no Cine
Brasília, seu último tributo em vida
O maior ator negro de
todos os tempos. Assim, sem exageros, Grande Otelo chegou à capital federal, em
novembro de 1993, para ser homenageado no badalado Festival de Brasília. Entrou
no Cine Brasília sob aplausos de um público que o via, àquela época, numa aparição
singela na “Escolinha do Professor Raimundo”, do amigo-irmão Chico Anysio.
Aqui, o homem de
coração abalado (já tinha sofrido três infartos) lançou o livro de poesias “Bom
Dia, Manhã” e emocionou-se profundamente ao ficar diante do passado de glória.
Em 1969, no mesmo Cine Brasília, ele tinha ganhado o Candango de melhor ator
com a obra-prima “Macunaíma”, de Joaquim Pedro de Andrade.
Feliz, Otelo deixou a
cidade e seguiu para a França, onde seria consagrado no Festival de Trois
Continants, em Nantes, com a exibição de “Rio Zona Norte”, de Nelson Pereira
dos Santos. Ao pousar no aeroporto Charles de Gaulle (Paris), o coração de
Otelo não suportou. Morreu a caminho do hospital, encerrando uma carreira
marcada pela versatilidade com que circulou pelas diversas linguagens.
Vinte e dois anos
depois de sua morte, o ator, comediante, cantor, escritor e compositor é um
marco na cultura brasileira. Neste ano, completaria 100 anos. A efeméride,
porém, tem passado discretamente e com pouco impacto para a importância do
artista, inclusive na internacionalização da arte produzida em nosso país.
O cineasta Orson
Welles, que o considerou o melhor ator da América Latina, queria levá-lo para
Hollywood. A dançarina norte-americana Josephine Baker se encantou com a versatilidade
de Grande Otelo. Juntos, cantaram músicas como “Boneca de Piche” quando ela
veio ao Brasil e foi assisti-lo no Cassino Monte Carlo.
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