Fonte: G1
Desde 2014, 21 órgãos
aderiram ao Sistema Eletrônico de Informação.
Decreto de Dilma obriga órgãos a eliminarem papel até outubro de 2017.
Decreto de Dilma obriga órgãos a eliminarem papel até outubro de 2017.
Em meio aos esforços
para ajustar as contas públicas, o governo iniciou uma transição para extinguir
todos os processos em papel dos órgãos federais e migrá-los para o meio
eletrônico.
Em 7 de outubro do ano
passado, a presidente Dilma Rousseff publicou um decreto no "Diário
Oficial da União" determinando que todos os órgãos federais devem migrar
dos processos em papel para os processos eletrônicos até 7 de outubro de 2017.
A intenção é economizar
em contratos de aquisição de papel, impressão, serviços de postagem,
contratação de mensageiros, além de diminuir a burocracia e o tempo de
tramitação de um processo nos órgãos federais.
A mudança, porém, teve
início em 2014 com a implantação do Sistema Eletrônico de Informações (SEI), um
programa desenvolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região e adotado
como padrão pelo governo.
Desde então, segundo o
secretário-adjunto de Tecnologia da Informação do Ministério do
Planejamento, Fernando Siqueira, 21 órgãos, entre ministérios e outras
autarquias, já implantaram o sistema e extinguiram os processos em papel (veja
quais são os órgãos ao final desta reportagem).
"O decreto da
presidente Dilma define que os órgãos têm de sair dos papeis em dois anos. Com
o ritmo de trabalho e o sucesso alcançado, estamos trabalhando para que
tenhamos algo muito próximo da universalização até dezembro deste ano",
disse Siqueira ao G1.
Segundo ele, dos 224
órgãos federais, 128 já estão envolvidos de alguma maneira com o projeto, seja
em fase de análise de viabilidade ou em fase de implantação do sistema.
Inicialmente, o governo
prevê uma economia anual de R$ 1 bilhão com a implantação do sistema. Em
2012, levantamento do G1 indicou que, em somente cinco
instituições federais (Senado, Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto,
Procuradoria-Geral da República e Supremo Tribunal Federal), gastava-se pelo
menos R$ 1,2 bilhão por ano em papel (veja os números no gráfico ao lado).
"É um assunto
antigo e muito importante, porque eliminar papel é algo que há muito deveria
estar acontecendo. Não só pela economia, mas pela consciência ambiental",
explicou Siqueira.
"Como é algo
recente, e muitos órgãos ainda estão em processo de transição, ainda não temos
um dado preciso de quanto o governo economizo ou uma estimativa precisa de
quanto o governo irá economizar", complementou o secretário-adjunto.
Um dos primeiros órgãos
federais a implantar o sistema, o Ministério da
Justiça estima que tenha economizado R$ 2 milhões em 2015.
A estimativa leva em
conta somente contratos para compra de papel, além dos contratos para impressão
e postagem dos processos.
A Controladoria-Geral
da União (CGU), que também implantou o sistema, informou ao G1 que
economizou, em média, R$ 50 mil com aquisição de papel entre 2014 e 2015.
De acordo com o órgão,
ainda está em curso um processo de transição para o meio eletrônico dos
processos anteriores a 2014 e que, por isso, ainda não é possível estimar a
economia total que o SEI trará.
Já o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) informou que reduziu em mais de 73%
os gastos com a aquisição de papel em 2015, em comparação com 2014.
De acordo com Fernando
Siqueira, o Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já fez um levantamento prévio
e estima economizar R$ 6 milhões em 2016 com a substituição dos processos para
o meio digital.
O Departamento de Polícia
Rodoviária Federal (DPRF), segundo ele, tem estimativa de economia de
R$ 5 milhões neste ano.
Quem aderiu
Veja quais órgãos federais já aderiram ao Sistema Eletrônico de Informação:
Veja quais órgãos federais já aderiram ao Sistema Eletrônico de Informação:
- Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel)
- Agência Nacional do Cinema (ANCINE)
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
- Controladoria Geral da União (CGU)
- Defensoria Pública da União (DPU)
- Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF/MJ)
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
- Escola Nacional de Administração Pública (ENAP)
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
- Ministério da Defesa (MD)
- Ministério da Integração Nacional (MI)
- Ministério da Justiça (MJ)
- Ministério das Comunicações (MC)
- Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP)
- Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
- Ministério dos Transportes (MT)
- Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
- Agência Nacional do Cinema (ANCINE)
- Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
- Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)
- Controladoria Geral da União (CGU)
- Defensoria Pública da União (DPU)
- Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF/MJ)
- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
- Escola Nacional de Administração Pública (ENAP)
- Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)
- Ministério da Defesa (MD)
- Ministério da Integração Nacional (MI)
- Ministério da Justiça (MJ)
- Ministério das Comunicações (MC)
- Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA)
- Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP)
- Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)
- Ministério dos Transportes (MT)
- Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR)
- Superintendência de Seguros Privados (SUSEP)
- Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
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