Torre da Oi foi instalada a menos de 150 metros do local, fugindo aos padrões de instalação de antenas na região, segundo jornal
A menos de 150 metros do sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP),
uma antena da operadora de telefonia móvel Oi livra a família Lula da Silva dos
problemas de sinal tão comuns em regiões afastadas dos centros urbanos. Segundo
reportagem desta segunda-feira do jornal Valor Econômico, os moradores da região se
referem à torre como "antena do Lula".
Segundo moradores entrevistados pelo
jornal, a torre foi instalada com o intuito de facilitar a comunicação de Lula
com seus familiares quando se hospedava no sítio Santa Bárbara. A instalação
foi feita praticamente ao mesmo tempo da reforma realizada pelas empreiteiras
OAS e Odebrecht. Os demais moradores da área rural de Atibaia relatam que não
possuem sinal de nenhuma das principais operadoras de telefonia, mas a medida
que se aproximam da "torre do Lula" é possível realizar chamadas e
trocar mensagens através da operadora Oi.
De acordo com dados públicos do Sistema de Serviços Nacional de
Telecomunicações (Anatel), a torre da Oi foi cadastrada no órgão regulador em
13 de setembro de 2011, no período em que a Andrade Gutierrez ainda compunha o
bloco controlador da operadora. O caso foi inicialmente revelado pelo site O
Antagonista.
A Oi possui dezenove antenas na cidade
de Atibaia, assim como a TIM. Já a Telefonica conta com 27 antenas para atender
o município. Todas as antenas acompanham o traçado das rodovias que dão acesso
à cidade - Fernão Dias e Dom Pedro I - e se concentram onde há maior densidade
demográfica, ou seja, na região urbana. A exceção se dá somente na Estação
Rádio Base (EBR) da Oi, a "antena do Lula". Essa é a única torre que
aparece isolada. O equipamento está situado ao lado de uma casa habitada por
uma família de oito pessoas que vigiam a torre em troca de moradia.
A operadora Oi teve um grupo controlador
essencialmente nacional até 2010, quando a Portugal Telecom comprou 23% das
participações do negócio, investindo mais de 8 bilhões de reais. Em 2005, a
concessionária fez um aporte no valor de 5,2 milhões de reais na empresa de
jogos eletrônicos Gamecorp S.A., de Luis Cláudio Lula da Silva, o Lulinha,
segundo dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp).
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