Nesta quinta (11),
Ministério da Saúde confirmou 1ª morte por zika no RN.
Contudo, Estado diz que ainda não é possível afirmar que vírus matou jovem.
Ana Cláudia Alves Cavalcante morreu em abril de 2015 (Foto: Arquivo Pessoal) |
Autoridades em saúde do Rio Grande do Norte confirmam a
presença do vírus da zika no exames da jovem Ana Cláudia Alves Cavalcante,
moradora de Serrinha. A morte da paciente, que ainda
continua sendo investigada, foi listada pelo Ministério da Saúde como a
terceira relacionada ao vírus no país. Dez meses depois, a família ainda lamenta a perda.
"Difícil
demais, muito sofrida minha vida. Sofro muito aqui dentro de casa. (...) Ela
estudava, era uma boa filha demais para mim", afirma Fátima Alves, mãe de
Ana Cláudia. A jovem tinha jovem de 20 anos, era recém casada e morreu em abril
do ano passado.
Fátima
Alves explicou que a filha começou a sofrer com tosse. "Uma tosse. E ela
dizia que doía o estômago. Depois, deu febre. Passou o dia com febre",
disse. Moradores da cidade, após a divulgação do laudo, disseram ter sido
surpreendidos e que o fato vai servir de motivação para mobilização contra o
mosquito Aedes aegypti.
A
Secretaria de Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte reafirmou na
quinta-feira (11) que o vírus da zika está presente nas amostras que estão
sendo investigadas pelo Instituto Evandro Chagas, no Pará. Apesar das
declarações do Ministério da Saúde, a secretaria ainda não aponta que a zika
tenha sido o motivo da morte. A Sesap diz que a causa do óbito ainda continua
sendo investigada com previsão de conclusão de 60 dias.
Coordenadora
de Promoção à Saúde (CPS) da Sesap, Cláudia Frederico explicou que a pasta age
com prudência antes de apontar uma associação direta. “Esse achado é muito
importante do ponto de vista da investigação, mas devemos ser prudentes porque
o processo investigativo é longo, ainda vai passar por outras fases até que
seja concluído”, ressaltou.
Ainda de
acordo com a coordenadora, a confirmação da presença do zika vírus nas amostras
que estão sendo estudadas pelo Instituto Evandro Chagas é importante do ponto
de vista científico, mas "atribuir o fato à causa do óbito seria
imprudente".
Sem pânico
Fabiano Teixeira, prefeito de Serrinha, informou que acompanhou a internação da jovem passo a passo e que, devido ao seu quadro clínico, não foi feito um diagnóstico preciso, suspeitando-se inicialmente de leucemia e posteriormente de pneumonia. “É importante deixarmos claro que a causa da morte continua sendo investigada, para que a população de Serrinha e do próprio RN não entre em pânico”, acrescentou.
Fabiano Teixeira, prefeito de Serrinha, informou que acompanhou a internação da jovem passo a passo e que, devido ao seu quadro clínico, não foi feito um diagnóstico preciso, suspeitando-se inicialmente de leucemia e posteriormente de pneumonia. “É importante deixarmos claro que a causa da morte continua sendo investigada, para que a população de Serrinha e do próprio RN não entre em pânico”, acrescentou.
Microcefalia
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Sesap, foram notificados 287 casos suspeitos de microcefalia relacionados às infecções congênitas. Desses, 236 são de nascimentos ocorridos em 2015, 44 são de nascimentos ocorridos até a semana epidemiológica (SE) nº 05, terminada no último dia 6; 2 foram abortos, 4 intraútero e 1 ignorado em 2014.
De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pela Sesap, foram notificados 287 casos suspeitos de microcefalia relacionados às infecções congênitas. Desses, 236 são de nascimentos ocorridos em 2015, 44 são de nascimentos ocorridos até a semana epidemiológica (SE) nº 05, terminada no último dia 6; 2 foram abortos, 4 intraútero e 1 ignorado em 2014.
Os casos
notificados estão distribuídos em 67 municípios do estado. Do total, 201 estão
sob investigação, 66 foram confirmados por exame de imagem com presença de
alterações típicas indicativas de infecção congênita, 4 foram confirmados por
critérios clínico-laboratorial e com a identificação do vírus zika, e 16 foram
descartados (descartados por apresentar exames normais, por apresentar
microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não
se enquadrar nas definições de casos).
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