JN teve acesso a pedidos de compra e notas fiscais de móveis planejados para dois endereços distintos. Segundo investigadores, tudo pago pela OAS.
O Jornal Nacional teve acesso a pedidos de compra e notas fiscais de móveis planejados para dois endereços distintos, de duas cidades paulistas: um apartamento no litoral e uma propriedade rural interiorana. Investigações apontam que as duas compras, feitas numa mesma loja, em São Paulo, foram pagas pela construtora OAS. A reportagem é de Bruno Tavares, César Galvão e Robinson Cerântula.
O que um
sítio em Atibaia, no interior paulista, e um triplex a beira mar no Guarujá têm
em comum?
Os dois são decorados com móveis planejados de grife comprados em uma loja na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. E foram pagos pela construtora OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” na edição de sábado (30).
Nesta quarta-feira (3), o Jornal Nacional teve acesso aos pedidos e notas fiscais. Uma das notas foi emitida no dia 12 de novembro de 2014, no valor de R$ 78,8 mil.
O endereço de entrega é o do Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá, que tem vários apartamentos sob investigação da Operação Lava-Jato e do Ministério Público de São Paulo.
A nota mostra quem comprou: a construtora OAS. Segundo as investigações, a cozinha planejada foi entregue no triplex 164 A. Seria a que aparece em uma foto da revista “Veja”.
A instalação dos móveis teria acontecido depois de uma reforma bancada pela OAS, entre abril e setembro de 2014. O empreiteiro que fez a obra disse que ela custou R$ 777 mil.
O Ministério Público de São Paulo investiga a suspeita de que o ex-presidente Lula seja o verdadeiro dono do apartamento, que está em nome da OAS.
O Instituto Lula admitiu que o ex-presidente visitou o tríplex com o presidente da OAS, Léo Pinheiro, mas que Lula desistiu da compra. Os promotores paulistas questionam o fato de a OAS ter gastado tanto dinheiro em uma reforma "sem um comprador pré-reservado."
O MP investiga ainda uma outra compra feita na mesma loja de móveis. Era para o sítio em Atibaia, muito frequentado pela família do ex-presidente nos fins de semana. Há suspeitas de que Lula também seja o dono da propriedade.
O Jornal Nacional apurou junto a investigadores que, assim como aconteceu no triplex do Guarujá, foi a construtora OAS que pagou pela cozinha planejada e pelos eletrodomésticos entregues no sítio em Atibaia. Tivemos acesso a esse pedido de compra, do dia 13 de março de 2014.
Além da cozinha de R$ 28 mil, foram encomendados: um refrigerador de R$ 9.740; uma lava louças de R$ 9,1 mil; um forno elétrico de R$ 10 mil; uma bancada de pouco mais de R$ 43 mil e outros itens. O valor total é de R$ 130 mil.
A reportagem do Jornal Nacional foi até o endereço indicado na nota fiscal para instalação da cozinha planejada e encontrou uma placa com o número 4.891 e o nome "Sítio Santa Bárbara". É o sítio que Lula e a família frequentam.
A nota fiscal da cozinha planejada está no nome de Fernando Bittar. Oficialmente, ele é um dos donos do sitio junto com Jonas Suassuna. Os dois são sócios de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente. Até aí, nenhum problema. O que os promotores querem saber agora é por que a construtora OAS pagou por uma compra feita por Fernando Bittar.
Os dois são decorados com móveis planejados de grife comprados em uma loja na Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo. E foram pagos pela construtora OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de corrupção da Petrobras. A informação foi publicada pelo jornal “O Estado de S.Paulo” na edição de sábado (30).
Nesta quarta-feira (3), o Jornal Nacional teve acesso aos pedidos e notas fiscais. Uma das notas foi emitida no dia 12 de novembro de 2014, no valor de R$ 78,8 mil.
O endereço de entrega é o do Condomínio Solaris, na Praia das Astúrias, no Guarujá, que tem vários apartamentos sob investigação da Operação Lava-Jato e do Ministério Público de São Paulo.
A nota mostra quem comprou: a construtora OAS. Segundo as investigações, a cozinha planejada foi entregue no triplex 164 A. Seria a que aparece em uma foto da revista “Veja”.
A instalação dos móveis teria acontecido depois de uma reforma bancada pela OAS, entre abril e setembro de 2014. O empreiteiro que fez a obra disse que ela custou R$ 777 mil.
O Ministério Público de São Paulo investiga a suspeita de que o ex-presidente Lula seja o verdadeiro dono do apartamento, que está em nome da OAS.
O Instituto Lula admitiu que o ex-presidente visitou o tríplex com o presidente da OAS, Léo Pinheiro, mas que Lula desistiu da compra. Os promotores paulistas questionam o fato de a OAS ter gastado tanto dinheiro em uma reforma "sem um comprador pré-reservado."
O MP investiga ainda uma outra compra feita na mesma loja de móveis. Era para o sítio em Atibaia, muito frequentado pela família do ex-presidente nos fins de semana. Há suspeitas de que Lula também seja o dono da propriedade.
O Jornal Nacional apurou junto a investigadores que, assim como aconteceu no triplex do Guarujá, foi a construtora OAS que pagou pela cozinha planejada e pelos eletrodomésticos entregues no sítio em Atibaia. Tivemos acesso a esse pedido de compra, do dia 13 de março de 2014.
Além da cozinha de R$ 28 mil, foram encomendados: um refrigerador de R$ 9.740; uma lava louças de R$ 9,1 mil; um forno elétrico de R$ 10 mil; uma bancada de pouco mais de R$ 43 mil e outros itens. O valor total é de R$ 130 mil.
A reportagem do Jornal Nacional foi até o endereço indicado na nota fiscal para instalação da cozinha planejada e encontrou uma placa com o número 4.891 e o nome "Sítio Santa Bárbara". É o sítio que Lula e a família frequentam.
A nota fiscal da cozinha planejada está no nome de Fernando Bittar. Oficialmente, ele é um dos donos do sitio junto com Jonas Suassuna. Os dois são sócios de Fábio Luis Lula da Silva, filho do ex-presidente. Até aí, nenhum problema. O que os promotores querem saber agora é por que a construtora OAS pagou por uma compra feita por Fernando Bittar.
A
construtora OAS não quis comentar o assunto. O Instituto Lula não respondeu às
perguntas da reportagem. O JN não conseguiu falar com Fernando Bittar.
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