Enquanto alguns podem
associar a poluição do CO2 principalmente com plantas industriais e chaminés
gigantes liberando o gás na atmosfera, a realidade é que elas não são as maiores
vilãs do meio ambiente.
A culpa é do setor de
transportes
Os veículos é que
complicam tudo. As emissões de gás carbônico deste setor representam cerca de
24% das emissões globais de CO2 e têm a maior taxa de crescimento de todos.
Embora existam
tecnologias existentes para capturar gás carbônico a partir de uma pilha de
fumo, por exemplo, até hoje não houve soluções para capturar o montante já
liberado na atmosfera por carros, caminhões e aviões.
Mas isto está prestes a
mudar
No início deste ano, a
empresa de engenharia de carbono fundada e mantida por Bill Gates iniciou a
construção do primeiro dispositivo de captura de gás carbônico liberado no meio
ambiente. Durante anos, a empresa tem trabalhado no desenvolvimento da
tecnologia que está agora pronta para ser implementada em maior escala.
Tal como as árvores, a
tecnologia de captura de ar prende o gás carbônico que polui os ares. No
entanto, economiza muito espaço.
Para fazer o mesmo
trabalho que estes dispositivos, seriam necessários quilômetros e mais
quilômetros de terra fértil para o plantio de árvores. Além disso, a nova
tecnologia poderá ser instalada em terras improdutivas, tais como desertos.
Segundo David Keith,
professor da Escola de Engenharia da Universidade de Harvard (EUA) e presidente
executivo da empresa de engenharia de carbono de Bill Gates, o sistema protótipo
construído na Universidade British Columbia pode absorver as emissões de cerca
de 14 a 15 veículos ou cerca de 100 quilos de dióxido de carbono por dia.
Como funcionam os
ventiladores de co2
De maneira
simplificada, o sistema funciona com o ar entrando na instalação através de um
absorvente de CO2 líquido, que retém cerca de 80% de dióxido de carbono numa
solução para processamento adicional.
Depois, a ideia é que o
CO2 seja recuperado a partir da solução de carbonato e integrado na produção de
hidrocarbonetos líquidos que são totalmente compatíveis com a infraestrutura de
transporte de hoje, mas tem baixa (ou nenhuma) concentração de carbono.
A construção de
ventiladores gigantes com fins de demonstração deve terminar até o final deste
ano. E será o último passo para a construção de dispositivos em grande escala
que, além de ter objetivo comercial, também pretende encerrar o ciclo do CO2 na
natureza. [bigthink]
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