Campina Grande, 15 de
janeiro de 2016.

Apresentação
A Agência Executiva de
Gestão das Águas do Estado da Paraíba, através da Gerência de Monitoramento e
Hidrometria, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Infraestrutura, dos
Recursos Hídricos, do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, em conjunto com
a Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Campina
Grande, realizaram, no dia 15 de janeiro de 2016, a I REUNIÃO TÉCNICA DE
ANÁLISE E PREVISÃO CLIMÁTICA PARA O SETOR NORTE DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL,
PARA O PERÍODO DE FEVEREIRO a ABRIL de 2016.
Para tal, foram analisadas as condições regionais da pluviometria e
globais dos oceanos e da atmosfera, bem como os resultados de modelos numéricos
de previsão sazonal. A reunião contou com a palestra de meteorologistas da
Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba, da Agência
Pernambucana de Águas e Clima, da Empresa de Pesquisas Agropecuária do Rio
Grande do Norte e da Unidade Acadêmica de Ciências Atmosféricas da Universidade
Federal de Campina Grande.
CONDIÇÕES OCEÂNICAS E
ATMOSFÉRICAS GLOBAIS
As atuais configurações
oceânicas e atmosféricas globais indicam a persistência do fenômeno El
Niño-Oscilação Sul (ENOS) de intensidade moderada na região do oceano Pacífico
equatorial. No entanto, os resultados das análises climáticas indicam um
gradativo enfraquecimento deste fenômeno
a partir do mês de março de 2016.
Por outro lado, o
oceano Atlântico também se apresenta como um importante condicionante da
variabilidade climática no semiárido nordestino, em particular do estado da
Paraíba. Atualmente, as condições
demonstram uma tendência de favorecimento à ocorrência de chuvas no decorrer
dos próximos meses. Porém, tal situação
implica num contínuo monitoramento, tendo em vista à grande variabilidade com
que se comporta este oceano.
TENDÊNCIA CLIMÁTICA
PARA O TRIMESTRE DE FEVEREIRO A ABRIL
Grande parte dos
modelos oceânicos e atmosféricos, assim como os modelos acoplados
oceano-atmosfera de instituições nacionais e internacionais indicam tendência
de chuvas variando entre normais a abaixo da normal sobre o setor norte do
Nordeste Brasileiro.
Vale salientar que a
evolução atual dos campos atmosféricos e oceânicos apresenta uma tendência
favorável a melhoria da qualidade do período chuvoso a partir do mês de março.
Ressalta-se que essa tendência dependerá de como se comportarão as condições
térmicas nos oceanos Atlântico e Pacífico.
CONSIDERAÇÕES
COMPLEMENTARES SOBRE O PROGNÓSTICO
É importante ressaltar
que o semiárido nordestino tem como característica a alta variabilidade espacial
e temporal dos índices pluviométricos.
Com isto, a ocorrência das chuvas ficará altamente dependente da
formação de fenômenos meteorológicos transientes, os quais poderão influenciar
quantitativamente na ocorrência das chuvas. Sendo assim, é de fundamental
importância, o monitoramento contínuo das condições oceânicas e atmosféricas
globais.
Nenhum comentário :
Postar um comentário