Os recursos a mais irão
se somar ao orçamento destinado às ações de vigilância em saúde
A presidenta Dilma
Rousseff sancionou nesta sexta-feira (15) recurso extra de R$44.963 milhões
à Região Nordeste do país para intensificar as ações e medidas de vigilância,
prevenção e controle da dengue, febre chikungunya e Zika, sobretudo, por conta
da situação de emergência em saúde pública de importância nacional que o país
vive. Com a medida, serão beneficiados 1.794 municípios da Região.
NORDESTE
|
1.794
|
44.963.347,12
|
AL
|
102
|
2.622.873,83
|
BA
|
417
|
11.332.150,44
|
CE
|
184
|
6.912.351,74
|
MA
|
217
|
7.497.110,35
|
PB
|
223
|
2.892.656,81
|
PE
|
185
|
6.700.808,27
|
PI
|
224
|
2.697.897,16
|
RN
|
167
|
2.648.656,09
|
SE
|
75
|
1.658.842,43
|
Os recursos extras,
aprovados para todo o país, irão se somar ao orçamento aprovado de R$ 1,27
bilhão destinado às ações de vigilância em saúde. A este montante do orçamento
serão adicionados R$ 600 milhões destinados à Assistência Financeira
Complementar da União para os Agentes de Combate às Endemias.
COMBATE AO AEDES
AEGYPTI - O governo federal tem reunido esforços para o combate ao mosquito
Aedes aegypti, convocando o poder público e a população para uma ampla
mobilização nacional para conter o mosquito. O governo federal mobilizou 19
ministérios e outros órgãos federais para atuar conjuntamente neste
enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais.
Com isso, as visitas a
residências para eliminação e controle do vetor ganharam o reforço das Forças
Armadas e de mais de 266 mil agentes comunitários de saúde, além dos cerca de
44 mil agentes de endemias que já atuavam regularmente nessas atividades. A orientação
é para que esse grupo atue, inclusive, na organização de mutirões de combate ao
mosquito em suas regiões.
Os repasses de recursos
do governo federal para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao
longo dos anos. Somente no ano de 2015, foi liberado para todo o país R$ 1,25
bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa
um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos. O Ministério da Saúde
também investiu, no ano de 2015, R$ 23 milhões na aquisição de inseticidas e
larvicidas. Além das ações de apoio a estados e municípios, o Ministério da
Saúde realiza a aquisição de insumos estratégicos e kits de diagnósticos, para
auxiliar os gestores locais no combate ao mosquito.
DENGUE 2015 – Em 2015,
foram registrados 1.649.008 casos prováveis de dengue no país. A região Sudeste
concentra o maior número de registros da doença com 62,2% (1.026.226) dos casos
de todo o país, seguida pelas regiões Nordeste com 18,9% (311.519),
Centro-Oeste com 13,4% (220.966), Sul com 3,4% (56.187) e Norte com 2,1%
(34.110). Entre os estados, destacam-se Goiás (2.500,6 casos/100 mil hab.) e
São Paulo (1.665,7 casos/100 mil hab.) No total, 22 estados apresentaram
aumento no número de casos. Apenas Acre, Amazonas, Roraima, Piauí e o Distrito
Federal tiveram redução.
CHIKUNGUNYA – Em 2015,
foram registrados 20.661 casos suspeitos de febre chikungunya no país. Desse
total, 7.823 casos foram confirmados e 10.420 estão em investigação.
Atualmente, 84 municípios de 11 estados estão com transmissão autóctone
(circulação) do vírus. Além disso, pela primeira vez no Brasil, foram
confirmadas três mortes por chikungunya, sendo duas na Bahia e uma em Sergipe.
As três vítimas eram idosas (85, 83 e 75 anos) e apresentavam histórico de
doenças crônicas.
As medidas de prevenção
para a doença são as mesmas já adotadas para a dengue, que se resume em evitar
o acúmulo de água parada. A principal diferença nos sintomas das duas doenças é
que, na febre chikungunya, a dor articular, que surge em 70% a 100% dos casos,
é intensa e afeta principalmente pés e mãos.
ZIKA – Até o dia 9 de
janeiro deste ano, foram registrados 3.530 casos suspeitos de microcefalia
relacionada ao vírus Zika. Os casos suspeitos da doença em recém-nascidos são
computados desde o início das investigações (em 22 de outubro de 2015) e ocorreram
em 724 municípios de 21 unidades da federação. Também estão em investigação 46
óbitos de bebês com microcefalia possivelmente relacionados ao vírus Zika,
todos na região Nordeste.
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