Com redução de quase
13%, o primeiro repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) deste ano
entra nas contas das Prefeituras nesta sexta-feira, 8 de janeiro. O montante a
ser distribuído é de R$ 2.072.013.144,34 ao considerar o porcentual destinado
ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). Sem a retenção
constitucional, em valores brutos, o valor chega a R$ 2.590.016.430,43.
De acordo com a
Confederação Nacional de Municípios (CNM), em comparação com o primeiro
decêndio de janeiro de 2015, a transferência do Fundo teve redução expressiva
em termos brutos e reais de 12,98%. Isso, porque, o primeiro FPM do ano passado
somou quase R$ 3 bilhões. No entanto, segundo esclarecimentos dos economistas
da entidade, ao considerar o valor nominal e ignorar as conseqüências da
inflação no poder de compra, o repasse apresenta retração de 5,77%.
Dados que confirmam a
previsão do presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Ele acredita que o cenário
econômico do país, o desequilíbrio da estrutura federativa e o processo
eleitoral vão complicar ainda mais as gestões municipais e agravar a situação
de muitos prefeitos. “Se 2015 foi ruim, 2016 será ainda mais difícil”, prevê o
líder municipalista. Para ele, a queda nominal no primeiro repasse do Fundo
traz mais um impacto aos Municípios e gera grande tensão, uma vez que
historicamente janeiro é um dos melhores meses de arrecadação. “As prefeituras
vão ter de lidar também ônus da alta inflação”, sinalizou.
Além da análise sobre o
repasse, a CNM chama a atenção dos gestores para mais um agravante. Os valores
a serem distribuídos entre Municípios podem sofrer alterações nos próximos
dias, e muito provavelmente alguns deles vão divergir da cifra indicada pela
entidade. O fenômeno é consequência de decisões judiciais acatadas, sobre a
mudança de faixa nos coeficientes de distribuição no Fundo por conta da
contagem populacional, não divulgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Assim, alguns Municípios ainda podem ter alteração no valor recebido, o que
reflete na receita de todos os outros do Estado.
Extra
Ainda conforme levantamento da Confederação, os Municípios também recebem neste início de ano repasses extras do FPM, e a verba residual será transferida às Prefeituras até às 18h desta quinta-feira, 7 de janeiro. De acordo com cálculos da entidade, o valor a ser partilhado será 79% menor do que o montante de 2015. Em janeiro do ano anterior, o extra foi de R$ 1.116.721.943,35 e este mês será de apenas R$ 232.258.302,23 – aproximadamente 20% do valor repassado, nominalmente, de maneira extraordinária no início de 2015.
Ainda conforme levantamento da Confederação, os Municípios também recebem neste início de ano repasses extras do FPM, e a verba residual será transferida às Prefeituras até às 18h desta quinta-feira, 7 de janeiro. De acordo com cálculos da entidade, o valor a ser partilhado será 79% menor do que o montante de 2015. Em janeiro do ano anterior, o extra foi de R$ 1.116.721.943,35 e este mês será de apenas R$ 232.258.302,23 – aproximadamente 20% do valor repassado, nominalmente, de maneira extraordinária no início de 2015.
Esse extra ocorre
separadamente, como esclarece o levantamento da Confederação, porque a Receita
Federal (RFB) tem um programa que parcela as dívidas de vários impostos. Assim,
quando a pessoa jurídica ou física efetua o pagamento da guia do Programa de
Recuperação Fiscal (Refis), a Receita classifica por estimativa a quantia de
cada imposto que foi recolhida, separando o que é Imposto de Renda (IR) e
Imposto sobre produto Industrializado (IPI) e efetua os correspondentes
repasses ao FPM.
Impacto
Se somados os valores do primeiro repasse e do extra deste mês, nominalmente, o Fundo atingiu o montante de R$ 2,822 bilhões neste primeiro decêndio de janeiro. Ano passado, na mesma época, o FPM já acumulava R$ 3,865 bilhões. O que, pelos dados da CNM, representa redução nominal de 26,99% e retração real expressiva de 32,57%. Ainda segundo a entidade, os primeiros repasses do ano refletem a baixa arrecadação e vendas fracas de fim de ano. Além disso, também demostram que o Fundo terá impacto maior do que espera a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) – que estima redução de 17,2% em relação a 2015.
Se somados os valores do primeiro repasse e do extra deste mês, nominalmente, o Fundo atingiu o montante de R$ 2,822 bilhões neste primeiro decêndio de janeiro. Ano passado, na mesma época, o FPM já acumulava R$ 3,865 bilhões. O que, pelos dados da CNM, representa redução nominal de 26,99% e retração real expressiva de 32,57%. Ainda segundo a entidade, os primeiros repasses do ano refletem a baixa arrecadação e vendas fracas de fim de ano. Além disso, também demostram que o Fundo terá impacto maior do que espera a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) – que estima redução de 17,2% em relação a 2015.
Veja o levantamento
completo aqui
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