sábado, 5 de dezembro de 2015

TCU indica falta de transparência na Educação

Auditoria 'reprova' o MEC e estende críticas de falta de dados abertos a FNDE e Inep
Em matéria de transparência, Ministério da Educação (MEC), Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) foram reprovados pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Em auditoria operacional, o órgão indicou que a cúpula federal da política educacional do país não disponibiliza, de forma acessível, os dados necessários para o controle social dos gastos públicos e da efetividade dos programas.
Informações de interesse coletivo na área de Educação, segundo o TCU, não têm sido divulgadas, a exemplo de dados do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), do Programa Universidade para Todos (ProUni), do Programa Nacional de Alimentação Escolar e do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). De acordo com a relatora da auditoria, a ministra Ana Arraes, a falta de transparência “prejudica as análises de desempenho desses programas do governo e dificulta o controle social em temas de relevância para o país”.
Nenhum dos três órgãos fiscalizados, segundo o TCU, implantou ações para viabilizar planos de dados abertos. Até o Inep, que divulga quantidade importante de informações na internet, não segue sistematização estabelecida no Manual para a Elaboração de Plano de Dados Abertos do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, apontou a Corte.
Nesta semana, o FNDE e o Ministério Público Federal firmaram um termo de cooperação técnica para que, em cinco anos, o órgão abra seus sistemas de repasse de verbas ao cidadão comum, sem necessidade de senha. O compromisso foi ressaltado pelo MEC, em nota. A pasta afirmou que os órgãos auditados pelo TCU “já trabalham para se adequar às especificações de divulgação de dados abertos”.


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