segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Prefeituras do Rio Grande do Norte não têm como pagar dezembro e o décimo-terceiro

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A Prefeitura de Parnamirim avisa que vai pagar o décimo terceiro salário dos servidores, porém não tem certeza se conseguirá honrar dentro do mês a folha de dezembro. A situação financeira da terceira maior cidade do Rio Grande do Norte é o retrato do quadro de penúria nas Prefeituras de todo o Estado.
Reflexo da crise na economia do país, mas também provocado por desequilíbrio das contas públicas, onde os gestores gastam mais do que arrecadam. Nos municípios de pequeno porte, que dependem exclusivamente de transferências do Estado (ICMS) e da União (FPM), a situação é ainda mais grave, uma vez que os prefeitos, apesar da crise, resistiram a fazer cortes necessários.
Segundo pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 31 Prefeituras potiguares vão atrasar o pagamento da folha de dezembro. A entidade ouviu 112 das 167 Prefeituras do estado. Nesse universo, 16% informaram que não terão como pagar o décimo terceiro salário. A CNM não liberou a lista dos municípios que sofrerão com o atraso salarial, mas indicou que o número de Prefeituras inadimplentes com o servidor público poderá aumentar.
“Eu acredito que o índice será ainda maior. Se brincar, ele poderá duplicar facilmente. As expectativas não são nada favoráveis”, previu o presidente da Associação dos Municípios do Litoral Agreste do RN (AMLAP), Fabiano Teixeira, que administra a Prefeitura de Serrinha. Na região da AMLAP, que congrega 33 municípios, são poucas as Prefeituras que irão honrar o pagamento de dezembro.
Na região Oeste, muitas Prefeituras não vão conseguir pagar o décimo terceiro e a folha de dezembro. São poucas as que terão caixa para os compromissos. As que adotaram medidas de contenção de despesas terão melhor sorte, como é o caso de Pau dos Ferros. “A situação não está fácil, mas estamos conseguindo honrar os nossos compromissos com os servidores”, ressalta o prefeito Fabrício Torquato (PSD).



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