A Prefeitura de Parnamirim avisa que vai pagar o décimo terceiro
salário dos servidores, porém não tem certeza se conseguirá honrar dentro do
mês a folha de dezembro. A situação financeira da terceira maior cidade do Rio
Grande do Norte é o retrato do quadro de penúria nas Prefeituras de todo o
Estado.
Reflexo da crise na economia do país,
mas também provocado por desequilíbrio das contas públicas, onde os gestores
gastam mais do que arrecadam. Nos municípios de pequeno porte, que dependem
exclusivamente de transferências do Estado (ICMS) e da União (FPM), a situação
é ainda mais grave, uma vez que os prefeitos, apesar da crise, resistiram a
fazer cortes necessários.
Segundo pesquisa da Confederação
Nacional dos Municípios (CNM), pelo menos 31 Prefeituras potiguares vão atrasar
o pagamento da folha de dezembro. A entidade ouviu 112 das 167 Prefeituras do
estado. Nesse universo, 16% informaram que não terão como pagar o décimo
terceiro salário. A CNM não liberou a lista dos municípios que sofrerão com o
atraso salarial, mas indicou que o número de Prefeituras inadimplentes com o
servidor público poderá aumentar.
“Eu acredito que o índice será ainda
maior. Se brincar, ele poderá duplicar facilmente. As expectativas não são nada
favoráveis”, previu o presidente da Associação dos Municípios do Litoral
Agreste do RN (AMLAP), Fabiano Teixeira, que administra a Prefeitura de
Serrinha. Na região da AMLAP, que congrega 33 municípios, são poucas as
Prefeituras que irão honrar o pagamento de dezembro.
Na região Oeste, muitas Prefeituras não
vão conseguir pagar o décimo terceiro e a folha de dezembro. São poucas as que
terão caixa para os compromissos. As que adotaram medidas de contenção de
despesas terão melhor sorte, como é o caso de Pau dos Ferros. “A situação não
está fácil, mas estamos conseguindo honrar os nossos compromissos com os
servidores”, ressalta o prefeito Fabrício Torquato (PSD).
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