Vale reconheceu que os
4 primeiros vagões foram enviados por equívoco.
Relações institucionais havia dito que tinha disponibilizado 500 mil litros. A
Prefeitura de Governador Valadares (MG) informou, no fim da tarde desta
sexta-feira (13), que precisou descartar todos os 240 mil litros de água
entregues pela Vale para serem distribuídos aos moradores da cidade. Segundo a
administração, o primeiro carregamento chegou com alto teor de querosene. A
água seria distribuída entre os moradores da cidade, que estão sem abastecimento
por causa da enxurrada de lama que atingiu o Rio Doce. Os rejeitos chegaram até
a cidade pelo rio, após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco,
que pertence a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, em Mariana (MG). Em
coletiva realizada mais cedo, o responsável pelas Relações Institucionais da
Vale, Henrique Lobo, afirmou que a empresa tinha entregue 500 mil litros de
água mineral para o município. Porém, segundo a assessoria de comunicação da
prefeitura, apenas quatro vagões com capacidade para 60 mil litros cada um
foram entregues – totalizando 240 mil litros.
Querosene
O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fez a análise do carregamento
entregue e constatou o alto teor de querosene.
Em nota, a prefeitura
disse que a própria Vale, por meio de Henrique Lobo, "admitiu que os
quatro primeiros vagões foram enviados por equívoco, e que novos quatro vagões
chegam ainda esta noite".
Ainda segundo a
prefeitura, o município precisa de 15 milhões de litros de água por dia para
que cada família possa usar 50 litros.
A Samarco reconhece que a
quantidade entregue é insuficiente, mas garante que já tem alternativas para
chegar à captação de 4 milhões de litros por dia. Em seguida, buscará maneiras
de alcançar os 15 milhões de litros diários.
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