Moradores de Colatina (ES) à espera da lama tóxica que desce pelo Rio Doce - Marcelo Carnaval / O Globo |
BRASÍLIA - A lama de
rejeitos da barragem rompida da Samarco, em Mariana, atingirá uma área de 9 km
de mar, no litoral do Espírito Santo. Essa é a previsão do estudo da Coppe
(Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da
UFRJ) feito a pedido do Ibama. O cálculo realizado pelo professor Paulo Rosman,
especialista em medições oceânicas, diz que ao chegar no mar na Vila de
Regência, na foz do Rio Doce, a lama se espalhará 3km ao norte da cidade e 6 km
ao Sul.
Ambientalistas temiam
que a lama contaminada com metais pesados subissem do Espírito Santo até o
santuário de Abrolhos, uma área ambientalmente protegida. Segundo as medições
do professor Rosman, essa trajeto está descartado, já que os recifes de
Abrolhos, estão localizados a 250 km ao norte de Regência.
A previsão do Ibama é que a lama chegue ao mar nesta
sexta-feira. Técnicos e engenheiros trabalham no local para desviar
os rejeitos, a fim de que eles cheguem com menos intensidade ao oceano.
A Justiça Federal no
Espírito Santo determinou que a mineradora Samarco adote, em 24
horas, medidas para impedir a chegada da lama das barragens rompidas em Mariana
(MG) ao litoral do estado. Por cada dia não cumprido de decisão, a
mineradora será multada em R$ 10 milhões.
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