O semiárido do Nordeste é uma das regiões que mais
sofre com os efeitos do fenômeno climático El Niño, agravando a seca. O
fenômeno ocorre durante cerca de um ano dentro de três ou cinco anos
(periodicidade irregular).
"O El Niño é um fenômeno que ocorre no Oceano Pacífico,
principalmente. A temperatura do mar aumenta próximo à costa da América do Sul,
por vários fatores da dinâmica do oceano e da atmosfera, vem uma onda de calor
do oeste do Pacífico, na Indonésia. E isso traz as nuvens também, traz
precipitação que normalmente ocorreria lá longe aqui próximo da América do
Sul", explica o professor doutor em meteorologia Paulo Nobre.
Quando a precipitação ocorre próximo
à América do Sul, gera um braço de circulação atmosférica sobre o Nordeste, o
que gera a seca. "É por isso que o El Niño é muito temido. Porque ele
normalmente contribui para diminuir a chuva pela circulação atmosférica que
causa", completa. Em 2015, começou por volta do mês de maio e tem previsão
de duração de um ano. De acordo com o especialista, as expectativas são de que
o El Niño atual seja um dos piores já registrados.
As edições do fenômeno climático que
trouxeram mais problemas ocorreram entre 1982-1983 e 1997-1998, provocando
secas no Nordeste e enchentes no Sul do Brasil. Os motivos incluem as ações
praticadas pelos seres humanos, como o uso intenso dos combustíveis fósseis -
que provocam emissões de gás carbônico - em vez de energias mais limpas.
"Usamos ainda carros com motor à combustão interna, ainda se usa petróleo,
uma coisa de 1900!", critica Nobre.
Fonte: http://noticias.ne10.uol.com.br/
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