Durante o XVII encontro nacional de
comitês de bacia hidrográficas, realizado em Caldas Novas, GO, no período de 4
a 9 de outubro foi apresentado à situação caótica que se encontra o Rio São
Francisco. Sua vazão regularizada de 1800m³/s está atualmente com apenas
900m³/s liberado pela barragem de sobradinho que esta recebendo apenas 450m³/s.
Este quadro de criticidade hídrica levou a barragem de sobradinho que tem uma
capacidade de 34 bilhões de m³ a ficar apenas com 8% de sua
capacidade. De acordo com José Procópio de Lucena, presidente do
Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó/Piranhas/Açu, já estão prejudicadas, a
pesca, a produção de energia e a irrigação de vários projetos ao longo do rio.
Neste momento o Rio São Francisco deveria esta recebendo água de seus rios
tributários, porém, isso não esta acontecendo.
As previsões não são nada
animadoras diante da destruição que o agrohidronegocio vem fazendo nas
nascentes do velho Chico e das previsões meteorológicas para 2016. Além das
mudanças climáticas que prevê redução de chuvas para o Nordeste nos próximos
100 anos de em torno de 30%. O próprio ministro da Integração Nacional,
Gilberto Occhi, reconhece que se nada for feito em termo de recuperação das
nascentes e matas ciliares dos rios que compõe a região hidrográfica da bacia
do São Francisco e sua própria revitalização, não haverá água num futuro
próximo para alimentar os canais da transposição. A opinião de agricultores
familiares, povos e comunidades tradicionais e pesquisadores presentes no
evento, o Rio São Francisco não suportará as transposições que estão sendo
feito para diversos usos, inclusive, para os estados do Ceará, Pernambuco,
Paraíba e Rio Grande do Norte.
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