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Em Brasília, onde não há
mar, mas um lago, nada menos que 7 mil pescadores registrados recebem
benefícios da pasta.
O Censo de 2010 encontrou
413.551 pescadores em atividade no Brasil, mas, naquele ano, o finado Ministério
da Pesca possuía 853.231 pescadores registrados. Por quê? A resposta pode
trazer à luz o mais novo escândalo dos governos petistas, justo na pasta de
existência mais questionada por seus críticos.
Os pescadores brasileiros
recebem o “seguro-defeso”, uma renda para repôr as perdas da categoria quando a
lei proíbe a pesca em determinadas épocas do ano. Antes por período maior,
agora limita-se a quatro meses por ano com um único salário-mínimo. O custo do
benefício? Nada menos que R$ 3,5 bilhões para cerca de um milhão de
“pescadores”.
Sim, “pescadores” entre
aspas. A suspeita é de que haja muito registro falso apenas para receber a
mamata. Quão grande seria a fraude? Os resultados da categoria podem preparar o
leitor para o baque ainda a ser descoberto: com um terço do litoral brasileiro,
o vizinho Peru é a segunda indústria pesqueira do mundo, deixando o Brasil 20
posições atrás.
Mas um fato pode servir de
trailer do escândalo: em Brasília, que não há mar ou rio, mas um lago, há 7 mil pescadores recebendo o seguro-defeso.
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