segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Por que o Ministério da Pesca registrou 850 mil pescadores se só havia 413 mil no Brasil?

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Foto: Claus Bunks
Em Brasília, onde não há mar, mas um lago, nada menos que 7 mil pescadores registrados recebem benefícios da pasta.
O Censo de 2010 encontrou 413.551 pescadores em atividade no Brasil, mas, naquele ano, o finado Ministério da Pesca possuía 853.231 pescadores registrados. Por quê? A resposta pode trazer à luz o mais novo escândalo dos governos petistas, justo na pasta de existência mais questionada por seus críticos.
Os pescadores brasileiros recebem o “seguro-defeso”, uma renda para repôr as perdas da categoria quando a lei proíbe a pesca em determinadas épocas do ano. Antes por período maior, agora limita-se a quatro meses por ano com um único salário-mínimo. O custo do benefício? Nada menos que R$ 3,5 bilhões para cerca de um milhão de “pescadores”.
Sim, “pescadores” entre aspas. A suspeita é de que haja muito registro falso apenas para receber a mamata. Quão grande seria a fraude? Os resultados da categoria podem preparar o leitor para o baque ainda a ser descoberto: com um terço do litoral brasileiro, o vizinho Peru é a segunda indústria pesqueira do mundo, deixando o Brasil 20 posições atrás.

Mas um fato pode servir de trailer do escândalo: em Brasília, que não há mar ou rio, mas um lago, há 7 mil pescadores recebendo o seguro-defeso.

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