O antigo contador da Capela
de Santo Expedito, na Luz, região central de São Paulo afirma que seguia as
ordens do padre Osvaldo Palópito para fazer depósitos em uma conta que não era
a da igreja. Ele também disse que o padre raramente ficava na igreja e que
muitas pessoas sabiam que o religioso tinha uma companheira.
De acordo com o Ministério
Público, com o dinheiro desviado, cerca de R$ 2 milhões, o padre comprou
imóveis, como uma cobertura de mais de 300 m2 na Riviera de São Lourenço, no
Litoral Norte.
Coronel da reserva, o padre
foi preso em maio e solto no dia 30 de setembro, mas responde ao processo em
liberdade.
O padre disse que comprou
tudo com o próprio salário e acusou o contador da igreja de falsificar a
assinatura dele.
A mulher citada pelo contador
aparece na investigação do Ministério Público Militar. Os documentos mostram
ainda que o casal mantinha um empório no litoral de São Paulo. Cestas básicas
doadas à Capela de Santo Expedito foram desviadas, de acordo com a
investigação. Para os promotores, o padre vendia as cestas e ficava com o
dinheiro.
Escutas telefônicas mostram
como o padre e sua suposta companheira lidavam com o dinheiro. Em um trecho, o
padre fala de uma grande compra, de bebidas. De acordo com o Ministério Público
Militar, o empório do padre também era abastecido com dinheiro dos fiéis.
As moedas que a igreja
recebia podem ter ido para conta do padre. A Corregedoria da PM apreendeu no
apartamento dele uma máquina de contar moedas. Palópito disse que a máquina foi
um presente.
Em nota, o Ministério da
Defesa, responsável pela capela militar, disse que vai analisar o caso, de
acordo com as normas da igreja e que as conclusões serão enviadas ao Vaticano.
A Polícia Militar de São
Paulo abriu processo administrativo que pode resultar na expulsão do padre.
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