Com manifestações previstas em todas as capitais e
em várias cidades do interior do país, o Grito dos Excluídos completa 20 anos
nesta segunda-feira (7). A mobilização nacional trará o lema “Que
país é esse que mata gente, que a mídia mente e nos consome?”, questionando a
violência presente no modo de organização social, que marginaliza as pessoas, e
a atuação da grande mídia, que manipula os meios de comunicação sob o seu
poder conforme os seus interesses políticos, sociais e econômicos.
Os assuntos trazidos como tema do Grito são
discutidos durante todo o ano para culminar em manifestações populares pelo
Brasil no Dia da Independência. O papel da mídia é uma novidade entre os
temas comumente escolhidos.
De acordo com a organização do evento, são
esperadas cerca de 10 mil pessoas nos atos em São Paulo e em Aparecida
(SP), onde há 28 anos ocorre também a Romaria dos Trabalhadores rumo ao
Santuário da padroeira do Brasil, que passou a integrar as atividades da
manifestação nos últimos anos. As atividades terão início às 7h no Porto
Itaguassu, onde, de acordo com a história, a imagem de Nossa Senhora Aparecida
foi encontrada por pescadores em 1717, e, de lá, as pessoas seguem para o
Santuário da padroeira do Brasil. Na capital paulista, estão sendo organizadas
duas atividades: uma na Praça da Sé, que começa às 8h, com uma missa na
Catedral, e a outra, organizada por movimentos de moradia, terá concentração na
Praça Osvaldo Cruz, na Avenida Paulista, às 9h.
Em Fortaleza, os manifestantes sairão, da Praça
do Cristo Redentor ao Seminário da Prainha, a partir das 7h30. Em
Curitiba, a mobilização será realizada na Paróquia Nossa Senhora do
Rosário de Belém, na Vila Centenário, a partir das 8h30. Em Brasília, o ato
partirá da Catedral de Brasília e sairá em marcha por toda a Esplanada dos
Ministérios, a partir das 8h. No Rio de Janeiro, a concentração acontece a
partir das 9h, na esquina da Avenida Getúlio Vargas com a Uruguaiana. Em
Salvador, o ato ocorre no Campo Grande a partir das 10h.
Origem do Grito
A proposta do Grito surgiu no Brasil, em 1994, a
partir da iniciativa da Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos
do Brasil (CNBB) e movimentos sociais e o 1º Grito dos Excluídos foi
realizado em setembro de 1995, levando às ruas o tema da Campanha da
Fraternidade daquele ano: “A Fraternidade e os Excluídos”. No ano seguinte, a
Assembleia Geral dos Bispos, discutiu e aprovou a inserção do Grito dos
Excluídos no projeto Rumo ao Novo Milênio. Em 1999, o Grito rompeu fronteiras e
estendeu-se para as Américas.
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