Egresso da UERN, que saiu da
graduação direto para o doutorado na Escócia, lamenta o descaso do governo do
Estado e ressalta o papel da Uern em sua formação.
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Atualmente, Rair Macêdo, egresso do curso de Física da Uern, faz doutorado na Universidade de Glasgow, Escócia |
A universidade possui
Programas Lato Sensu com 20 especializações que, segundo dados de junho da
Diretoria de Pós-graduação, contam com 737 matriculados. Nos Programas Stricto
Sensu há 498 matriculados em nove mestrados, um mestrado profissional e um mestrado
multicêntrico, além de dois doutorados. O pró-reitor de Pesquisa e
Pós-graduação, professor João Maria, destaca também que as pesquisas, em sua
maioria, são voltadas para a conquista de melhorias e desenvolvimento da
região. “É importante destacar também que muitos dos estudantes e pesquisadores
não teriam condições financeiras de desenvolver suas pesquisas se não fosse a
presença da Uern em várias regiões do Estado. Quando conseguimos instalar os
cursos em locais antes inexistentes, abrimos a oportunidade para pessoas que
sequer imaginavam ter a opção de estudar sem se distanciar de sua casa”,
afirma.
Natural de Lagoa Nova, o
estudante Rair Macêdo conseguiu ir longe através dos estudos. Egresso do curso
de Física, da Uern, ele saiu direto da graduação para o doutorado na
Universidade de Glasgow, Escócia. Com o incentivo dos professores, Rair se
envolveu com pesquisa e publicação de trabalhos científicos, o que o projetou a
conquistar uma bolsa em uma das universidades mais conceituadas da Europa.
Apesar de toda essa
importância como propulsora do conhecimento e do desenvolvimento, a instituição
nem sempre é vista como prioridade para os gestores do Estado. Em meio as
comemorações dos 47 anos, a Uern enfrenta a maior greve de servidores, uma
paralisação que já ultrapassa os quatro meses.
“Muito triste ver que o
governo não está fazendo nada pela universidade. A Uern mudou minha vida em
todos os sentidos. Como fui o primeiro da minha família a ter acesso ao ensino
superior, isso fez com que não só eu, mas a minha família e até amigos da
família vissem que é possível um filho de agricultores semianalfabetos ter
acesso à universidade. Lá eu conheci e trabalhei com professores de altíssima
qualidade, como o meu orientador, professor Thomas Dumelow. Os professores
estão sempre dispostos a ajudar qualquer aluno, os quais me ajudaram a crescer
como pessoa e profissional. E graças à Uern grandes oportunidades começaram a
surgir”, afirmou Rair Macêdo, que está desenvolvendo sua tese.
Fonte: Gazeta do Oeste
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