A Prefeitura de Lagoa Nova, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, inaugurou na manhã desta quarta feira, dia 5 de agosto, a nova sede do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS - Francisca Carlos da Costa. A cerimônia teve início às 8h00 horas e contou com as presenças do prefeito João Maria Assunção, da 1ª dama do município Nenen Assunção e demais auxiliares da administração municipal. Durante o ato cerimonial foi lida a biografia da Senhora Francisca Carlos da Costa, in memoriam, a qual foi escolhida pelos seus relevantes serviços a comunidade para denominar a sede do CRAS. De acordo com a Secretaria da Assistência Social, Marília Victor, a nova sede fará com que o CRAS possa de fato oferecer seus serviços com mais qualidade. “Um espaço é bem agradável sala para reuniões, além de banheiro para deficientes físicos”, concluiu Marília Victor. Em sua nova sede, o CRAS continuará oferecendo os mesmos serviços, como atendimento ao público e cursos profissionalizantes.
Área interna da nova sede do CRAS |
Grupo Idosos Renascer esteve participando do ato inaugural |
Francisca Carlos da Costa, conhecida por Chiquinha Carlos, nasceu no dia 14 de janeiro de 1920, em Currais Novos, Rio Grande do Norte e faleceu em agosto de 2013, aos 93 anos de idade. Filha de Antonio Carlos de Souza e de Josefa Francisca da Conceição, cuja família migrou para Lagoa Nova na década de 1930. Na juventude aprendeu o ofício de costureira com D. Maria Barbosa de Medeiros, família a acolheu quando seus pais saíram de Lagoa Nova. Como costureira, ela realizava campanha de roupas usadas, as quais refazia com toda perfeição e distribuía para as crianças carentes da rua Mons. Paulo (antiga ruinha). Foi balconista da loja de tecidos da Firma J. Vitor & irmãos, aos sábados, por ocasião da Feira livre, passando a residir com a família do Sr. José Luiz Vitor, tendo em vista que a família de D. Maria Barbosa foi para o sul do país. Como balconista, conheceu o jovem Manoel Bezerra da Costa, motorista, residente na cidade de Cerro Cora. O mesmo encantou-se com Chiquinha Carlos e, no ano de 1953, aos 33 anos de idade, foi realizado o seu enlace matrimonial com Manoel Bezerra, com grande surpresa, dada a simplicidade do noivo que não gostava de festa. Dessa união nasceu um filho, o qual faleceu ainda bebê. Para suprir essa lacuna, o casal adotou um menino chamado Radir, sobrinho de Criquinha Carlos, criado com todo carinho.
A convite da então parteira do município, Francisca Elita Vitor, Chiquinha Carlos fez um curso de parteira e foi exercer esse ofício, dedicando sua vida incansavelmente a esse trabalho voluntário e tão especial, mostrando profissionalismo e sensibilidade, pois seu ideal profissional era auxiliar o nascimento da criança, para e bem de mãe e filho, viajando por toda a Serra de Santana, a qualquer hora do dia ou da noite para onde era chamada á domicílio, hora à pé, ora à cavalo e raramente de carro. Criando esse vínculo forte com as famílias por ela atendidas, acabou fazendo parte da história de vida delas e elas da sua, vínculo esse que nunca se desfez pelo resto da vida. Foi madrinha da maioria das crianças que auxiliou na hora de nascer, cujos compadres e comadres tinham por ela grande admiração.
Chiquinha Carlos trabalhou Na “Maternidade Silvério Matias”, ( nome dado em homenagem ao primeiro bebê nascido nessa maternidade), até sua aposentadoria .
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