quarta-feira, 5 de agosto de 2015

PREFEITURA DE LAGOA NOVA INAUGURA OFICIALMENTE NOVA SEDE DO CRAS

A Prefeitura de Lagoa Nova, através da Secretaria Municipal de Assistência Social, inaugurou na manhã desta quarta feira, dia 5 de agosto, a nova sede do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS - Francisca Carlos da Costa. A cerimônia teve início às 8h00 horas e contou com as presenças do prefeito João Maria Assunção, da 1ª dama do município Nenen Assunção e demais auxiliares da administração municipal. Durante o ato cerimonial foi lida a biografia da Senhora Francisca Carlos da Costa, in memoriam, a qual foi escolhida pelos seus relevantes serviços a comunidade para  denominar a sede do CRAS. De acordo com a Secretaria da Assistência Social, Marília Victor, a nova sede fará com que o CRAS possa de fato oferecer seus serviços com mais qualidade. “Um espaço é bem agradável sala para reuniões, além de banheiro para deficientes físicos”, concluiu Marília Victor. Em sua nova sede, o CRAS continuará oferecendo os mesmos serviços, como atendimento ao público e cursos profissionalizantes.
Área interna da nova sede do CRAS
Grupo Idosos Renascer esteve participando do ato inaugural
BIOGRAFIA DE FRANCISCA CARLOS DA COSTA
  Francisca Carlos da Costa, conhecida por Chiquinha Carlos, nasceu no dia 14 de janeiro de 1920, em Currais Novos, Rio Grande do Norte e faleceu em agosto de 2013, aos 93 anos de idade. Filha de Antonio Carlos de Souza e de Josefa Francisca da Conceição, cuja família migrou para Lagoa Nova na década de 1930. Na juventude aprendeu o ofício de costureira com D. Maria Barbosa de Medeiros, família a acolheu quando seus pais saíram de Lagoa Nova. Como costureira, ela realizava campanha de roupas usadas, as quais refazia com toda perfeição e distribuía para as crianças carentes da rua Mons. Paulo (antiga ruinha). Foi balconista da loja de tecidos da Firma J. Vitor & irmãos, aos sábados, por ocasião da Feira livre, passando a residir com a família do Sr. José Luiz Vitor, tendo em vista que a família de D. Maria Barbosa foi para o sul do país. Como balconista, conheceu o jovem Manoel Bezerra da Costa, motorista, residente na cidade de Cerro Cora. O mesmo encantou-se com Chiquinha Carlos e, no ano de 1953, aos 33 anos de idade, foi realizado o seu enlace matrimonial com Manoel Bezerra, com grande surpresa, dada a simplicidade do noivo que não gostava de festa. Dessa união nasceu um filho, o qual faleceu ainda bebê. Para suprir essa lacuna, o casal adotou um  menino chamado Radir, sobrinho de Criquinha Carlos,   criado com todo carinho.
    A convite da então parteira do município, Francisca Elita Vitor, Chiquinha Carlos fez um curso  de parteira e foi exercer esse ofício, dedicando sua vida incansavelmente a esse trabalho voluntário e tão especial, mostrando profissionalismo e sensibilidade, pois seu ideal profissional era  auxiliar o nascimento da criança, para e bem de mãe e filho,  viajando por toda a Serra de Santana, a qualquer hora do dia ou da noite para onde era chamada á domicílio, hora à pé, ora à cavalo e raramente de carro. Criando esse vínculo forte com as famílias  por ela atendidas, acabou fazendo parte da história de vida delas e elas da sua, vínculo esse que nunca se desfez pelo resto da vida. Foi madrinha da maioria das crianças que auxiliou na hora de nascer, cujos compadres e comadres tinham por ela grande admiração.
    Chiquinha Carlos trabalhou Na “Maternidade Silvério Matias”, ( nome dado em homenagem ao primeiro bebê nascido nessa  maternidade), até sua aposentadoria .

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