Processo será dividido em três
anos e primeiro edital com 500 unidades deve ser lançado em 22 de outubro
A
CAIXA prepara o processo de licitação de 6.104 casas lotéricas em todo o país
(46% do total) ao longo dos próximos três anos. A medida tem o objetivo de
regularizar a concessão das casas lotéricas, unificando o regime jurídico das
unidades que começaram a funcionar antes de 1999. Até então, a permissão para
entrar no ramo era concedida por credenciamento na CAIXA. Além disso, o
processo permitirá melhorar o serviço prestado aos clientes por conta da
padronização dos espaços. A situação das lotéricas deve ser resolvida até o fim
de 2018. A idéia é fazer a transição sem interromper o atendimento, dada a
importância das 6,1 mil lotéricas em questão. De acordo com o vice-presidente
de Varejo e Atendimento da CAIXA, José Henrique da Cruz, o grupo responde por
68% dos jogos, 61% das transações financeiras e por 55% dos negócios dos
correspondentes bancários. “São números relevantes por serem as lotéricas mais
antigas", explica. Na maioria das unidades, o faturamento gira de R$ 13
mil a R$ 25 mil, mas há casos que passam de R$ 60 mil mensais. A medida cumpre
um acordo firmado com o Tribunal de Contas da União (TCU).
O
banco publicará os critérios para o certame no Diário Oficial da União na
próxima quarta-feira (5). Serão licitadas 2 mil lotéricas por ano, divididas em
lotes de 500 unidades a fim de facilitar o processo. O primeiro edital será
lançado em 22 de outubro e os contratos, que começam a ser assinados em 2016,
terão 20 anos de duração e poderão ser prorrogados por igual período. Atuais
donos de lotéricas poderão participar do processo, que será realizado via
pregão eletrônico. Vencerá quem der o maior lance. Segundo José Henrique da
Cruz, o lance mínimo será estipulado para cada lotérica em função dos perfis
diversos. Além disso, será necessário cumprir pré-requisitos. "A
localização das unidades, por exemplo, é muito importante”. Verificada
toda a documentação, o vencedor deve assinar o contrato no prazo de 180 dias.
O
banco fará sorteios para definir quais lotéricas entrarão em cada pregão. O
objetivo é evitar a concentração de perfis próximos. Por isso, cada bloco de
500 unidades deve reunir unidades que atuam sozinhas nos municípios, unidades
com maior volume de pagamentos de benefícios sociais e aquelas com grande
quantidade de apostas, além das demais não caracterizadas nesses critérios.
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