A Federação Internacional de Futebol (Fifa) baniu hoje (1º), em
caráter provisório, mais um dirigente esportivo suspeito de
participação no esquema de corrupção que, segundo a Promotoria de
Justiça de Nova York e o FBI (Polícia Federal dos Estados Unidos), pode
ter movimentado mais de US$ 150 milhões. A propina era cobrada durante
as negociações de contratos publicitários, transmissões de jogos e na
escolha dos países-sede das duas próximas copas do Mundo (Rússia, 2018,
Catar, 2022). Até agora, a federação proibiu 14 pessoas de frequentar
suas atividades.
Por decisão do Comitê de Ética da Fifa, o
secretário-geral da Confederação de Futebol das Américas do Norte,
Central e do Caribe (Concacaf), Enrique Sanz, citado nas investigações,
foi afastado da federação de futebol. Em curto comunicado, o comitê
informou o afastamento do presidente e do secretário-geral da Associação
de Futebol do Congo, Jean Guy Mayolas e Badji Wantete, respectivamente.
Os dois foram proibidos de promover atividades relacionadas ao futebol
em seus países ou no âmbito internacional. A Fifa não esclareceu as
razões do banimento.
Sanz havia se afastado do cargo na Concacaf na última quinta-feira
(28), e foi substituído provisoriamente pelo secretário-geral adjunto da
entidade, Ted Howard. A Concacaf suspendeu outros dois citados nas
investigações das autoridades norte-americanas, Jeffrey Web e Eduardo
Li, detidos em Zurique, na Suíça, na manhã da última quarta-feira (27),
quando o FBI e a polícia suíça desencadearam uma operação internacional
para desarticular o esquema de corrupção.
A Fifa afastou 11
pessoas investigadas pela Justiça dos Estados Unidos – entre elas, o
brasileiro José Maria Marin. “As acusações estão claramente relacionadas
com o futebol e são de natureza tão grave que era imperativo tomar uma
ação rápida e imediata. O processo seguirá o seu curso em linha com o
Código de Ética da Fifa", explicou o presidente do Conselho de Ética da
entidade, Hans-Joachim Eckert.
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