segunda-feira, 11 de maio de 2015

Universidades Federais param no dia 14 de maio

A quinta-feira, dia 14, será importante termômetro da participação do funcionalismo federal nas manifestações que as centrais sindicais estão convocando para o 29 de maio. É que nesta quinta-feira ocorre o Dia Nacional de paralisação dos docentes das universidades federais. Chamado de ato “em defesa da carreira-salário, dos direitos de aposentadoria e contra os cortes de verbas na educação”, a paralisação vai demonstrar a força do movimento sindical docente e a adesão dos professores e estudantes ao chamado. Se contar com adesão massiva, parte do sucesso do movimento de 29 de maio estará garantido, para desespero dos estrategistas do Planalto.
O dia 29 foi definido pelas principais centrais sindicais como Dia Nacional de Paralisação e Manifestações. As bandeiras de lutas escolhidas foram a defesa dos direitos e da democracia e contra a terceirização do trabalho no país, contra as Medidas Provisórias (MP) 664 e 665 — que endurecem as regras de concessão do seguro-desemprego, do auxílio-doença e aposentadorias, base do ajuste fiscal do governo.


Participaram da reunião a CSP-Conlutas, CTB, CUT, Intersindical-CCT, UGT e Nova Central. Estão previstas mobilizações em diversos setores estratégicos do país.
Segundo o dirigente Atnágoras Lopes, membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas e presente na reunião, em quase todos os estados haverá bloqueios de vias, greves, paralisações e manifestações unitárias em protesto contra a terceirização e a retirada de direitos. “Vamos repetir e ampliar essas lutas, rumo à Greve Geral”, reforçou.
MOBILIZAÇÃO
Amauri Fragoso de Medeiros, do Andes-SN, afirma que será importante o processo de construção do dia 29. “Nossos são esforços para articular a classe trabalhadora na defesa de seus direitos, ainda mais levando em conta que o Congresso deve votar mais perdas esta semana”, disse o professor.
REUNIÃO DECISIVA
Está sendo convocada para a amanhã uma plenária com a participação de todos as lideranças dos sindicatos dos servidores, além das centrais sindicais, dos movimentos sociais e populares para organizar ações conjuntas no dia 29. A reunião ocorrerá na sede da UGT, em São Paulo (SP).
PARALISAÇÃO DE 72H
Os trabalhadores da Eletrobrás fazem paralisação de 72 horas na próxima segunda-feira. Os servidores cobram o pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) do ano passado, quando a produtividade e os resultados das empresas d o grupo aumentaram. Porém, as receitas das caíram devido a redução das tarifas decidida pelo governo federal em 2013.
DEMISSÃO DE 5 MIL
O Comando Nacional dos Eletricitários, núcleo que representa a categoria dentro da Federação Nacional dos Urbanitários, entende que a queda das receitas não é responsabilidade dos trabalhadores. Argumenta que a produtividade aumentou com a redução de funcionários, provocada por um programa de demissão voluntária que contou contou com adesão de 5 mil funcionários.

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