O Ministério da
Educação (MEC) vai manter o plano de digitalizar o Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem), segundo o secretário executivo da pasta, Luiz Cláudio Costa. A
ideia foi anunciada pelo ex-ministro da Educação, Cid Gomes, que fez uma consulta pública online sobre a mudança. O novo
formato prevê a aplicação da prova online.
Com isso, o candidato
poderá agendar uma data para fazer o exame em um dos locais de prova
autorizados pelo MEC. As questões serão sorteadas em um banco público de itens
nas quatro áreas de conhecimento do exame – linguagens, códigos e suas
tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; matemática e suas
tecnologias; e ciências da natureza e suas tecnologias. Atualmente, o banco de
questões é secreto, e o exame é impresso e realizado apenas uma vez por ano, em
uma mesma data para todos os candidatos.
Hoje (6), após a
transmissão do cargo para o novo ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, o
secretário disse, em coletiva de imprensa, que os treineiros, estudantes do 1º
ou 2º ano do ensino médio que fazem o Enem apenas como o teste, poderão ser os
primeiros a experimentar o novo sistema. "[O formato] ainda está em
estudo. Aqueles que fazem o [exame] para treinamento, portanto, não têm
pretensão a uma vaga, poderemos iniciar com esses estudantes", disse.
Segundo ele, o plano de
tirar o Enem do papel e torná-lo digital é antigo. Agora, com base na consulta
pública já finalizada, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) estuda a possibilidade da migração. Segundo Costa, isso
não ocorrerá em 2015. O secretário executivo explica que, para que a
digitalização seja possível, haverá antes o aumento do banco de itens.
A nota do Enem é usada
pelos estudantes para ingressar em instituições públicas e privadas de ensino
superior por meio de programas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o
Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil
(Fies). Mais de 6,2 milhões de candidatos participaram da última edição do
exame, em 2014.
O novo ministro da
Educação, Janine Ribeiro, comprometeu-se a manter também o Programa Diretor
Principal, anunciado por Cid Gomes e que também passou por consulta pública.
"Tem um grande número de escolas com mais de 600 alunos. Nelas que se
concentrou a ideia de o governo federal dar ajuda para qualificar pessoas que
pretendem ser diretores e diretoras, para melhorar a gestão", disse.
"Temos perdas de valores devido a má gestão, temos que capacitar as
pessoas para gerir", completou.
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