É dia de exaltar a cultura brasileira mais antiga
- a cultura indígena. A partir dela, foi possível que todas as outras se
originassem. De Pataxó a Paresi, histórias incríveis constroem os pilares das
nossas origens e são repassadas até hoje por meio dos pequenos grupos que
permaneceram.
A importância da preservação da cultura indígena
para a história da humanidade é inclusive reconhecida por direitos
internacionais. Por mais que alguns desnaturados queiram andar na contra
mão e ignorar o que esses povos significam, diversos grupos, instituições e
movimentos fazem um trabalho maravilhoso para defendê-los. Conheça cinco deles:
1- Frente de Proteção Etno-Ambiental dos
Povos Indígenas “Isolados”
Os chamados Povos Indígenas Isolados optam por
não ter contato nenhum com a civilização e, seguindo suas origens, vivem
exclusivamente do que a natureza provém. Segundo a Funai (Fundação Nacional do
Índio), o Brasil tem 104 registros de referências de índios isolados. Um caso
que ficou famoso foi em 2014 quando a Funais divulgou um vídeo fazendo contato com uma dessas tribos pela
primeira vez.
De acordo com o documentário "Povos Isolados na Amazônia:
Parceria para a Proteção", uma parceria entre a Funai e o CTI (Centro
de Trabalho Indigienísta) é responsável por mapear esses lugares e garantir que
esses povos exerçam o direito de se manterem no anonimato. Um grupo de
ativistas é preparado para realizar esse trabalho, e o processo não é simples.
Ainda de acordo com o documentário, eles têm
aulas teóricas de linguística, antropologia, por exemplo. Depois se preparam
com a parte prática: vão a campo aprender sobre localização, sistema
cartográfico, gps, primeiro socorros. "Tudo isso é necessário para
enfrentar uma expedição de 40 a 60 dias na mata", diz Gilberto Azanha, da
CTI.
2- Museu do Índio
Qualquer inicaitiva que promova o conhecimento da
cultura indígena é válido. A internet é um prato cheio nesse quesito, mas
algumas iniciativas ganham destaque, um exemplo é o Museu
do Índio, no Rio de Janeiro.
Com um acervo de 15.840 peças etnográficas e
15.121 publicações nacionais e estrangeiras, especializadas em etnologia e
áreas relacionadas, a instituição transmite conhecimento de diversas culturas
com histórias incríveis através do material exposto.
Outra boa notícia é que até o final de 2015 uma nova
unidade do museu será inaugurada, desta vez em Goiás.
3- Acampamento em Terra Livre (ATL)
ndios de todas as regiões do Brasil se reuniram
em frente ao Congresso Nacional para lutar por seus direitos. De acordo com a Agência Brasil foram mais de 1,5 mil lideranças de cerca
de 200 etnias que montaram barracas, tendas e banheiros na capital federal.
O principal motivo do protesto foi a Proposta
de Emenda à Constituição (PEC) 215, que designa ao Congresso, e não
mais à Funai, o poder de demarcar as terras indígenas, “A partir do momento em
que o Legislativo decidir pela demarcação das terras indígenas, a gente sabe
que não haverá mais demarcação”, afirmou à EBC um dos coordenadores da
Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Lindomar Ferreira.
De acordo com a Apib, o ATL é a maior mobilização
nacional indígena, acontece há 11 anos e tem o mesmo procedimento. O
movimento explica que o objetivo é:
Mostrar não só a sua diversidade e riqueza
sociocultural mas também a forma como o Estado os trata até o momento e
sobretudo como querem que seus direitos sejam mantidos e efetivados, em
respeito à Constituição Federal e à legislação internacional de proteção e
promoção dos Direitos Humanos
4- Vestibulares Indígenas
Estados como Paraná, São Paulo e Brasília já
possuem um sistema diferente que amplia o ingresso de índios nas universidades
estaduais.
São vagas específicas com diferenciais nas
provas. No caso das universidades do Paraná, por exemplo, os índios fazem
provas orais de língua portuguesa e provas objetivas de língua portuguesa,
língua estrangeira moderna (espanhol ou inglês) ou língua indígena (guarani ou
kaingang), segundo o G1.
A UFSCar, no interior de São paulo, é a prova de
esse tipo de adesão vem ganhando popularidade. De acordo com o G1, no vestibular de 2014 a quantidade de inscrições
recebidas teve aumento de 10% em relação ao processo anterior: um recorde na
universidade.
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