domingo, 19 de abril de 2015

Dia do Índio: Conheça cinco ações feitas no Brasil em prol do povo e a cultura indígena

indios isolados 
É dia de exaltar a cultura brasileira mais antiga - a cultura indígena. A partir dela, foi possível que todas as outras se originassem. De Pataxó a Paresi, histórias incríveis constroem os pilares das nossas origens e são repassadas até hoje por meio dos pequenos grupos que permaneceram.
A importância da preservação da cultura indígena para a história da humanidade é inclusive reconhecida por direitos internacionais. Por mais que alguns desnaturados queiram andar na contra mão e ignorar o que esses povos significam, diversos grupos, instituições e movimentos fazem um trabalho maravilhoso para defendê-los. Conheça cinco deles:
1- Frente de Proteção Etno-Ambiental dos Povos Indígenas “Isolados”
Os chamados Povos Indígenas Isolados optam por não ter contato nenhum com a civilização e, seguindo suas origens, vivem exclusivamente do que a natureza provém. Segundo a Funai (Fundação Nacional do Índio), o Brasil tem 104 registros de referências de índios isolados. Um caso que ficou famoso foi em 2014 quando a Funais divulgou um vídeo fazendo contato com uma dessas tribos pela primeira vez.

De acordo com o documentário "Povos Isolados na Amazônia: Parceria para a Proteção", uma parceria entre a Funai e o CTI (Centro de Trabalho Indigienísta) é responsável por mapear esses lugares e garantir que esses povos exerçam o direito de se manterem no anonimato. Um grupo de ativistas é preparado para realizar esse trabalho, e o processo não é simples.
Ainda de acordo com o documentário, eles têm aulas teóricas de linguística, antropologia, por exemplo. Depois se preparam com a parte prática: vão a campo aprender sobre localização, sistema cartográfico, gps, primeiro socorros. "Tudo isso é necessário para enfrentar uma expedição de 40 a 60 dias na mata", diz Gilberto Azanha, da CTI.
2- Museu do Índio
Qualquer inicaitiva que promova o conhecimento da cultura indígena é válido. A internet é um prato cheio nesse quesito, mas algumas iniciativas ganham destaque, um exemplo é o Museu do Índio, no Rio de Janeiro.
Com um acervo de 15.840 peças etnográficas e 15.121 publicações nacionais e estrangeiras, especializadas em etnologia e áreas relacionadas, a instituição transmite conhecimento de diversas culturas com histórias incríveis através do material exposto.
Outra boa notícia é que até o final de 2015 uma nova unidade do museu será inaugurada, desta vez em Goiás.
3- Acampamento em Terra Livre (ATL)
ndios de todas as regiões do Brasil se reuniram em frente ao Congresso Nacional para lutar por seus direitos. De acordo com a Agência Brasil foram mais de 1,5 mil lideranças de cerca de 200 etnias que montaram barracas, tendas e banheiros na capital federal.
O principal motivo do protesto foi a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que designa ao Congresso, e não mais à Funai, o poder de demarcar as terras indígenas, “A partir do momento em que o Legislativo decidir pela demarcação das terras indígenas, a gente sabe que não haverá mais demarcação”, afirmou à EBC um dos coordenadores da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Lindomar Ferreira.
De acordo com a Apib, o ATL é a maior mobilização nacional indígena, acontece há 11 anos e tem o mesmo procedimento. O movimento explica que o objetivo é:
Mostrar não só a sua diversidade e riqueza sociocultural mas também a forma como o Estado os trata até o momento e sobretudo como querem que seus direitos sejam mantidos e efetivados, em respeito à Constituição Federal e à legislação internacional de proteção e promoção dos Direitos Humanos
4- Vestibulares Indígenas
Estados como Paraná, São Paulo e Brasília já possuem um sistema diferente que amplia o ingresso de índios nas universidades estaduais.
São vagas específicas com diferenciais nas provas. No caso das universidades do Paraná, por exemplo, os índios fazem provas orais de língua portuguesa e provas objetivas de língua portuguesa, língua estrangeira moderna (espanhol ou inglês) ou língua indígena (guarani ou kaingang), segundo o G1.
A UFSCar, no interior de São paulo, é a prova de esse tipo de adesão vem ganhando popularidade. De acordo com o G1, no vestibular de 2014 a quantidade de inscrições recebidas teve aumento de 10% em relação ao processo anterior: um recorde na universidade.

 

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