Estados e municípios devem criar e aprovar seus planos de educação até
24 de junho, como estabelecido no Plano Nacional de Educação (PNE). “O
prazo está se esgotando, mas ainda dá tempo”, afirma o secretário de
Articulação com os Sistemas de Ensino (Sase), Binho Marques. “Aqueles
que ainda não começaram o processo – que vai desde o diagnóstico até a
aprovação de lei municipal ou estadual – devem fazê-lo o quanto antes”,
alerta.
Para que os entes consigam cumprir o prazo, o Ministério da Educação
colocou à disposição dos gestores municipais e estaduais uma estrutura
de assistência técnica. As orientações estão disponíveis na página do
PNE, com roteiro completo, da construção à aprovação dos planos.
A Sase também tem feito reuniões com os coordenadores estaduais para
tirar dúvidas e auxiliar no processo e abriu uma agenda de visitas aos
secretários que estão com maior dificuldade de cumprir o prazo. O MEC
também tem uma equipe de 297 técnicos, supervisores e coordenadores que
atendem todas as secretarias de educação dos estados e municípios.
Estados – Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Maranhão são as unidades da
Federação com planos já sancionados; Rondônia, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul enviaram projetos de lei para apreciação dos legislativos;
Distrito Federal e Roraima estão com os projetos elaborados; Acre,
Tocantins, Rio de Janeiro e Pernambuco fizeram o documento-base;
Amazonas, Pará, Amapá, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Goiás,
Espírito Santo e São Paulo concluíram o diagnóstico da realidade local.
Os outros seis estados estão ainda no processo preliminar, apenas
constituíram comissões coordenadoras.
Municípios – Entre os 5.570 municípios, 44 cumpriram todas as fases e
estão com os planos sancionados; 17 já aprovaram as leis; 45 enviaram o
projeto de lei à câmara de vereadores; 48 elaboraram o projeto de lei;
122 realizaram consultas públicas; 385 fizeram o documento-base; 1.083
concluíram o diagnóstico; e 2.906 instituíram comissão coordenadora. Um
grupo de 914 municípios ainda não iniciou o trabalho de elaboração ou
adequação do plano e seis municípios não prestaram informações ao MEC.
Os planos estaduais e municipais de educação devem conter diretrizes e
metas a serem alcançadas até 2024, mesma vigência do plano nacional.
Vale lembrar que o apoio suplementar que o Ministério da Educação
oferece aos municípios e estados levará os planos em conta. “O MEC está
ajustando programas, que devem priorizar entes federativos com metas bem
definidas e com maior dificuldade técnica e financeira”, explica o
secretário Binho Marques.
O Plano Nacional de Educação 2014-2024 foi instituído pela Lei
13.005/2014 e tem 20 metas que, ao todo, são amparadas por mais de 250
estratégias. Para que o PNE se concretize como política de Estado
integrada e colaborativa, os planos de educação do Distrito Federal, dos
estados e dos municípios precisam estar alinhados a ele. Marques
enfatiza que se os planos estiverem em consonância, os recursos serão
otimizados e a nação avançará na ampliação do acesso e na qualidade da
educação básica e superior.
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