Foto; Jovem vítima de agressão |
As mulheres mais
atingidas pela violência doméstica têm idade entre 19 e 30 anos e os
homens agressores com idade de 31 a 40 anos. Tudo isso é também tema do
debate promovido também hoje pelo Ministério Público do Estado do Rio de
Janeiro (MPRJ), sob o tema Violência Doméstica contra as Mulheres: a
Importância das Ações para a Prevenção, para discutir a aquela lei, em
vigor há quase 9 anos.
Para a coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (CAO Violência Doméstica), Lúcia Iloizio Barros Bastos, ainda ocorrem alguns entraves para a efetivação completa da Lei.
"Apesar
da Lei Maria da Penha já estar em vigor há nove anos e ao longo desse
período a gente pode acompanhar a instalação de diversos serviços
especializados de atendimento a mulher que se encontra em situação de
violência doméstica familiar. Ainda faltam melhorias nas estruturas
desses equipamentos, muitos profissionais são mantidos por meio de
convênios e falta um aprimoramento constante. As polícias de um modo
geral, vem se capacitando para prestar um melhor atendimento, e todas as
instituições estão em uma crescente mobilização para a questão do
enfrentamento a essa forma de violência", explicou Lúcia, acrescentando
que
já foram feitos avanços importantes que não podem ser desconsiderados.
já foram feitos avanços importantes que não podem ser desconsiderados.
A
coordenadora considerou importante a questão da repressão a esses
crimes para a melhor tutela da mulher que se encontra nessa situação,
mas disse que além disso é preciso que o estado observe também a
necessidade de adotar outras medidas, como de prevenções, ações
informativas e orientações para homens e mulheres.
"Poderíamos
estar melhor, por exemplo, se focássemos também em orientações voltadas
um pouco mais para uma linguagem masculina, de compreensão desse
fenômeno, de forma a evitar mais práticas de dominação em relações a
mulheres. Penso que é um momento de ter uma investida maior nesse
campo. A gente tem que conjugar ações de prevenção, de repressão e é
necessário que todas as instituições que trabalham com essa temática, se
unam para fazer um esforço coletivo", ressaltou Lúcia.
Durante o
percurso das ações desenvolvidas em prol da mulher, o MP percebeu um
aumento da violência entre o público jovem e por isso desenvolveu essa
cartilha, que ensina os recursos da Lei Maria da Penha através de uma
história em quadrinhos. A atuação do órgão e a disseminação dessa
informação estão sendo desencadeadas através de visitas a escolas, em
ações sociais e seminários.
"Esse tipo de violência tem sido
decorrente. O tema dessa história é baseado em um fato real. Esse
contexto de dominação, ele é muito cultural e vai passando de geração em
geração e esses comportamentos são na verdade aprendidos inclusive
pelos jovens. Essa situação também se encontra presente quando os
jovens iniciam os seus relacionamentos", disse a coordenadora.
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