O Ministério do Trabalho anunciou hoje (11) pacote de medidas de
fiscalização visando a arrecadar R$ 5,1 bilhões até o final do ano. Do
total, R$ 2,5 bilhões virão da execução do Plano Nacional de Combate à
Informalidade. O restante, R$ 2,6 bilhões, será proveniente das medidas
combate à sonegação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Para
fechar o cerco em relação à sonegação, o pacote inclui o envio ao
Congresso Nacional de projeto de lei para aumentar o valor da multa para
o empregador que mantém o empregado sem carteira assinada. Atualmente, o
valor da multa é R$ 402 por trabalhador identificado em situação
irregular. A pasta prometeu também capacitar 1,5 mil auditores fiscais
para tornar mais eficiente o trabalho de fiscalização.
A meta do
governo com as ações relacionadas à formalização de trabalhadores é
incluir 400 mil empregados no mercado formal. Em relação à sonegação do
FGTS, a meta é superar as 32 mil empresas que foram autuadas em 2014 por
deixarem de pagar contribuição.
De acordo com o secretário de
Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paulo Sérgio
de Almeida, o país deixa de arrecadar, anualmente, mais de R$ 88,8
bilhões com a informalidade – com cerca de 14 milhões de trabalhadores
sem carteira assinada – e com a sonegação de FGTS. A intenção do governo
é mobilizar todos os auditores fiscais do trabalho na tarefa de
fiscalizar as empresas. A estratégia inclui a ampliar as empresas
verificadas por meio eletrônico. “A formalização das relações do
trabalho é o pré-requisito básico para aquisição [não só] de direitos,
mas também para aumentar a arrecadação”, disse Almeida.
No
anúncio das medidas, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, rebateu as
críticas feitas pela oposição de que o país vive uma crise econômica.
“Estamos vivendo o pleno emprego. Parece que a sanha udenista
[referência à UDN, partido político criado em 1945 que defendia o
liberalismo] voltou, parece que o mundo acabou, mas quem está em crise é
o mundo e não o Brasil”, afirmou Dias. O ministro lembrou que o país,
nos últimos 12 anos, aumentou o número de empregos formais e reajustou o
salário mínimo em mais de 70%. “Isso está representado na rua, somos o
quarto maior mercado de automóveis do mundo”, acrescentou.
Nenhum comentário :
Postar um comentário