A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acolheu a ação indenizatória de Jacira Aparecida da Silva contra a Editora Globo, responsável pela revista Época. A decisão, oficializada na última sexta-feira (20), prevê o pagamento de R$ 10 mil por conta de uma polêmica envolvendo o ex-marido de Jacira, Gustavo Alves da Rocha, ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.
A matéria em questão, com o título “Aprendi a extorquir o povo”, publicada em 18 de setembro de 2009, apresentava Rocha como um pastor demitido pela Universal em 2004, mas que pouco tempo antes era responsável por contar e fazer o depósito do dízimo recolhido nos 26 templos da Universal em Nova York (EUA). Na mesma matéria, Rocha afirmou “ter morado” na mansão do bispo Edir Macedo, líder da Universal e dono da Rede Record, por três anos.
Foi
lá que o ex-pastor teria conhecido Jacira, com a qual foi “orientado
por Macedo” a se casar, na época em que ela seria empregada doméstica do
líder da igreja. A ex-mulher de Rocha moveu o processo contra a Editora
Globo por conta das denúncias feitas por ele, atribuindo a ela
informações falsas e declarações inexistentes sobre supostas
irregularidades praticadas por representantes da instituição.
“Tal
conduta, por certo, extrapola o mero exercício do direito de liberdade
de informação, já que a reportagem ultrapassa os limites da função
jornalística, que é de informar à coletividade fatos e acontecimentos,
de maneira objetiva, sem alteração da verdade, resvalando nos direitos
de personalidade da autora”, afirmou em seu voto o desembargador Alexandre Alves Lazzarini.
A decisão muda àquela de primeira instância da ação que começou em
2011, a qual julgou improcedente o pedido de indenização. A editora
ainda pode recorrer da decisão.
Na Record, Jacira já havia negado reportagem
Na época da reportagem, a Record produziu uma matéria com Jacira (que, segundo a revista, tinha confirmado o relato do ex-marido), na qual ela negava as denúncias feitas Gustavo Alves da Rocha.
Antes de ser pastor da Universal, ele teria conhecido Edir Macedo em
Londres, onde o líder da igreja estaria aumentando o número de templos e
precisava de ajuda.
A 9ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acolheu a ação indenizatória de Jacira Aparecida da Silva contra a Editora Globo, responsável pela revista Época. A decisão, oficializada na última sexta-feira (20), prevê o pagamento de R$ 10 mil por conta de uma polêmica envolvendo o ex-marido de Jacira, Gustavo Alves da Rocha, ex-pastor da Igreja Universal do Reino de Deus.
A matéria em questão, com o título “Aprendi a extorquir o povo”, publicada em 18 de setembro de 2009, apresentava Rocha como um pastor demitido pela Universal em 2004, mas que pouco tempo antes era responsável por contar e fazer o depósito do dízimo recolhido nos 26 templos da Universal em Nova York (EUA). Na mesma matéria, Rocha afirmou “ter morado” na mansão do bispo Edir Macedo, líder da Universal e dono da Rede Record, por três anos.
Foi
lá que o ex-pastor teria conhecido Jacira, com a qual foi “orientado
por Macedo” a se casar, na época em que ela seria empregada doméstica do
líder da igreja. A ex-mulher de Rocha moveu o processo contra a Editora
Globo por conta das denúncias feitas por ele, atribuindo a ela
informações falsas e declarações inexistentes sobre supostas
irregularidades praticadas por representantes da instituição.
“Tal
conduta, por certo, extrapola o mero exercício do direito de liberdade
de informação, já que a reportagem ultrapassa os limites da função
jornalística, que é de informar à coletividade fatos e acontecimentos,
de maneira objetiva, sem alteração da verdade, resvalando nos direitos
de personalidade da autora”, afirmou em seu voto o desembargador Alexandre Alves Lazzarini.
A decisão muda àquela de primeira instância da ação que começou em
2011, a qual julgou improcedente o pedido de indenização. A editora
ainda pode recorrer da decisão.
Na Record, Jacira já havia negado reportagem
Na época da reportagem, a Record produziu uma matéria com Jacira (que, segundo a revista, tinha confirmado o relato do ex-marido), na qual ela negava as denúncias feitas Gustavo Alves da Rocha.
Antes de ser pastor da Universal, ele teria conhecido Edir Macedo em
Londres, onde o líder da igreja estaria aumentando o número de templos e
precisava de ajuda.
Já
pastor nos EUA, ele garantia ter presenciado os planos de Macedo para
construir o seu império, afirmando ainda que o dízimo ajudou na expansão
da emissora.
“Todos os salários dos funcionários da Rede Record
são pagos pela emissora em conta corrente dos beneficiários e todos os
investimentos são pagos pela emissora com recursos próprios (...). Edir Macedo nos ensinava a atingir as metas que ele criava para cada igreja, e a meta era financeira. Não era de fiéis”, comentou o ex-pastor à Época em 2009.
A
Record negou as informações prestadas por Rocha, assim como a
Universal. Em seu blog pessoal, Edir Macedo rebateu todo o conteúdo da
revista, chamando tudo de um “recomeço da guerra entre Globo e Record”.
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