A Secretaria de Comunicação Social da Presidência anunciou nesta
quarta-feira (31) os últimos 14 ministros do segundo mandato da
presidente reeleita, Dilma Rousseff. Todos os novos integrantes do
primeiro escalão do governo devem assumir oficialmente suas funções no
dia da posse da presidenta, marcada para as 15h do dia 1º de janeiro.
Conheça quem são os futuros ministros do segundo mandato de Dilma:
Gilberto Kassab - Ministério das Cidades
Economista, engenheiro civil e empresário, Gilberto Kassab foi duas
vezes prefeito de São Paulo, entre 2006 e 2012. Ele assumiu a prefeitura
da capital paulista pela primeira vez após a renúncia de José Serra, de
quem era vice-prefeito, quando este deixou o cargo para se candidatar
ao governo do estado. Graduado engenheiro civil pela Escola Politécnicda
da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e economista pela Faculdade de
Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Kassab
também cursou introdução à ciência política na Universidade de Brasília
(UnB) em 1980. Deputado federal por duas legislaturas (1999-2003 e
2203-2007), renunciou em 1º de janeiro de 2005 para assumir o mandato de
vice-prfeito em São Paulo.
Kassab iniciou a vida política aos 25 anos, participando do Fórum de
Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo. Em 1989,
participou da campanha presidencial de Guilherme Afif Domingos e, em
1992, foi eleito vereador pelo extinto PL. Filiou-se ao PFL (atual DEM)
em 1995, alcançando a vice-presidência do partido em São Paulo em 1996 e
a presidência em 2007 .Em março de 2011, Gilberto Kassab fundou, com
dissidentes de diversos partidos, entre eles DEM, PSDB e PPS, o Partido
Social Democrático (PSD), cuja legalização ocorreria em 27 de setembro
do mesmo. Ele é presidente nacional da legenda.
Jaques Wagner - Ministério da Defesa
Atual governador da Bahia, Jaques Wagner vai assumir o Ministério da
Defesa a partir de 1º de janeiro de 2015. O petista foi ministro do
Trabalho e Emprego durante o primeiro governo Lula. Em 2005, assumiu a
função de ministro das Relações Institucionais, em meio à crise política
que resultou nas denúncias sobre o mensalão. Também coordenou a
Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da
Presidência da República.
Jaques Wagner nasceu em 1951, no Rio de Janeiro, onde cursou engenharia
civil, na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Na universidade,
presidiu o Diretório Acadêmico e, em 1973, perseguido pelo regime
militar, deixou o curso e o Rio de Janeiro, indo para Salvador em 1974.
Trabalhando na indústria petroquímica, Wagner começou a atuar no
movimento sindical, onde, na década de 1980, conheceu Luiz Inácio Lula
da Silva. Participou da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi o
primeiro presidente do partido na Bahia.
Em 1990, Jaques Wagner foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo PT
baiano, cargo para o qual foi reeleito em 1994 e 1998. Na Câmara, foi
líder da bancada do PT e vice-líder entre 1993 e 1998. Em 2000, disputou
a Prefeitura de Camaçari e, em 2002, foi candidato ao governo da Bahia.
Em 2006, Wagner foi eleito governador da Bahia em primeiro turno,
definindo a área social como prioridade e reforçando os programas
federais de transferência de renda. Em 2010, foi reeleito, também em
primeiro turno. Wagner deixa o governo da Bahia no fim deste ano. Em
seu lugar, assume Rui Costa, também do PT.
Cid Gomes - Ministério da Educação
O novo ministro da Educação é o atual governador do Ceará, Cid Gomes.
Ele nasceu em Sobral (CE), em 1963, e ingressou na politica em 1988, aos
25 anos. Ele substitui o atual titular da pasta, Henrique Paim. Na
universidade, presidiu o Centro Acadêmico do curso de engenharia da
Universidade Federal do Ceará (UFC), onde se formou engenheiro civil. Em
1990, conquistou o primeiro mandato de deputado estadual, reelegendo-se
em 1994.
Foi eleito prefeito de Sobral em 1996 e em 2000. Em 2005, mudou-se para
Washington (EUA), onde exerceu a função de consultor do Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em 2006, elegeu-se, em primeiro
turno, governador do Ceará e também coordenou a campanha de Luiz Inácio
Lula da Silva para o segundo turno da eleição presidencial. Em 2010,
foi reconduzido ao cargo de governador. Cid Gomes é filho de José Santos
Ferreira Gomes, que foi prefeito de Sobral, e irmão de Ciro Gomes,
ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro da
Fazenda, em 1994, e da Integração Nacional, em 2003.
Nilma Lino Gomes - Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial
Mineira de Belo Horizonte, a nova ministra da Secretaria de Política de
Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, é pedagoga,
graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1988.
Concluiu o mestrado em educação também pela UFMG em 1994. É doutora em
antropologia social pela Universidade de São Paulo (USP).
Mudou-se para Portugal onde fez o pós-doutorado em sociologia pela
Universidade de Coimbra, em 2006. Nilma Lino Gomes coordenou o Programa
de Ações Afirmativas da UFMG. Em abril de 2013, tornou-se a primeira
mulher negra do Brasil a comandar uma universidade federal, ao ser
nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia
Afro-brasileira (Unilab).
George Hilton - Ministério do Esporte
O futuro ministro do Esporte, George Hilton, que substituirá o atual
ministro Aldo Rebelo, está no terceiro mandato como deputado federal
pelo PRB de Minas Gerais. Hilton conquistou o primeiro mandado na Câmara
dos Deputados em 2006 pelo PP e foi reeleito em 2010 e em 2014 já pelo
PRB, partido do qual é líder. Aldo Rebelo passará a comandar a pasta da
Ciência, Tecnologia e Inovação.
George Hilton ingressou na vida política pelo PST, elegendo-se deputado
estadual de Minas Gerias em 1998 e reelegendo-se para o segundo mandato
em 2002 pelo PL. Natural de Alagoinhas, na Bahia, Hilton nasceu em 11 e
junho de 1971 e é radialista, apresentador de televisão e teólogo.
Na Câmara, ele é considerado um deputado de boas relações pessoais e
bom articulador político, além ser de fácil trato com os colegas. Já
integrou as comissões de Constituição e Justiça, de Minas e Energia, de
Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Cultura e de Educação.
Kátia Abreu - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
A senadora Kátia Abreu é quem vai comandar o Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento no segundo mandato da presidenta Dilma
Rousseff. O anúncio foi feito há pouco pelo Palácio do Planalto. Ela
sucederá o ministro Neri Geller, que assumiu o cargo em março deste ano.
Senadora da República pelo PMDB de Tocantins, Kátia Abreu é presidenta
da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) desde 2008.
Este ano, foi reeleita pela segunda vez para dirigir a entidade
representativa dos produtores rurais, que agrega 27 federações estaduais
e 2 mil sindicatos. Kátia foi deputada federal suplente pelo antigo PFL
(atual DEM) entre 1999 e 2003, assumindo o cargo duas vezes nesse
período. Em 2002, foi eleita para a Câmara, atuando na Casa como
vice-líder de seu partido à época.
Em 2006, foi eleita senadora pelo Tocantins e, em outubro deste ano,
foi reeleita para mais oito anos no Senado. Kátia Abreu integra a
bancada ruralista no Congresso, onde defende medidas como mais
investimentos em infraestrutura e a regulamentação da mão de obra
terceirizada. Até 2012, foi uma das principais vozes da bancada nas
negociações em torno do novo Código Florestal. Apesar de o setor se
posicionar de maneira contrária ao governo em temas polêmicos como a
competência do Executivo de demarcar terras indígenas, Kátia Abreu é
considerada uma das parlamentares mais próximas da presidenta. O
registro do seu nome para audiências com Dilma é um dos que aparecem com
mais frequência na agenda presidencial. Desde 1987, quando ficou viúva,
a senadora conduz as atividades da Fazenda Aliança, em Tocantins.
Formada em psicologia em Goiânia, sua cidade natal, Kátia Abreu também
presidiu a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins e o Sindicato
Rural de Gurupi.
Eduardo Braga - Ministério de Minas e Energia
O senador Eduardo Braga (PMDB) nasceu em Belém (PA), em 1960.
Empresário do setor de revenda de automóveis, é formado em engenharia
elétrica pela Universidade Federal do Amazonas. Iniciou a carreira
política aos 21 anos, como vereador de Manaus. Em 1986, elegeu-se
deputado estadual e, em 1990, foi eleito deputado federal. Em 1992,
Braga foi eleito vice-prefeito de Manaus, assumindo a prefeitura em
1994. Em 2002, foi eleito, em primeiro turno, governador do Amazonas,
cargo para o qual foi reeleito em 2006.
Em 2010, foi eleito senador pelo Amazonas. Desde março de 2012, Braga é
líder do governo da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Em outubro
deste ano, disputou as eleições para o governo do estado, mas perdeu, no
segundo turno, para José Melo .
Eduardo Braga é autor da Lei de Mudanças Climáticas e Conservação
Ambiental, além de ter criado o Programa Bolsa Floresta e a Fundação
Amazonas Sustentável. Atualmente, coordena o PMDB Sócio Ambiental.
O atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deverá voltar a
ocupar uma vaga no Senado - seu mandato termina 2019. Lobão, que já
tinha sido ministro de Minas e Energia durante o governo do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, está à frente da pasta desde janeiro de 2011.
Aldo Rebelo - Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
Novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o atual ministro do
Esporte, Aldo Rebelo, é membro do PCdoB. Jornalista e deputado federal
eleito por cinco mandatos consecutivos (1989 a 2011), é conhecido pela
postura nacionalista e por projetos como o da redução de estrangeirismos
na língua portuguesa e o da reforma do Código Florestal Brasileiro. Com
intensa participação na área das relações exteriores e de defesa
nacional, foi membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa
Nacional da Câmara dos Deputados, sendo seu presidente em 2002.
Presidente da Câmara de 2005 a 2007, foi líder do PCdoB e do governo
Lula. Em janeiro de 2004, licenciou-se do mandato de deputado e assumiu a
Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da
Presidência da República. Nas eleições municipais de 2008, foi candidato
a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy (PT). O
candidato vitorioso foi Gilberto Kassab, indicado hoje para o Ministério
das Cidades.
Natural de Alagoas, Aldo Rebelo começou a se interessar por política
quando estudava no Colégio Agrícola Floriano Peixoto, na década de 70.
Ele ingressou na Ação Popular (AP) e, em 1977, no PCdoB. Em 1979, quando
a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi reconstruída, Aldo foi eleito
secretário-geral e chegou à presidência em 1980. Sua trajetória
parlamentar teve início em 1988, quando foi eleito vereador por São
Paulo.
Helder Barbalho - Ministério da Pesca
Novo ministro da Pesca, Helder Barbalho é filho do senador Jader
Barbalho (PMDB) e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth.
Natural de Belém, Helder tentou eleger-se governador do Pará pela
primeira vez este ano, mas perdeu para Simão Jatene.
Formado em administração, começou a carreira política há 15 anos,
quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, com 4,2 mil
votos. Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o
prefeito mais jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito
de Ananindeua, com mais de 93 mil votos.
Em 2008 e 2010, recebeu o prêmio de Prefeito Empreendedor, do Sebrae do
Pará, pelo incentivo à geração de emprego e renda para a população de
Ananindeua. Por duas vezes, em 2007 e 2010, recebeu do governo federal e
da Organização Ação Fome Zero o prêmio Gestor Eficiente da Merenda
Escolar de Qualidade. Recebeu, ainda, o prêmio Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio do Brasil, o ODM, com o Projeto Escola
Ananin.
Eliseu Padilha - Secretaria de Aviação Civil
O futuro ministro da Secretaria de Aviação Civil, deputado Eliseu
Padilha (PMDB-RS), que vai substituir o também peemedebista Moreira
Franco, é um dos políticos mais próximos do atual vice-presidente da
República e presidente nacional do partido, Michel Temer. O parlamentar
gaúcho é o atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, entidade
ligada ao PMDB.
Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique
Cardoso de 1997 a 2001. Antes foi secretário dos Negócios do Trabalho,
Cidadania e Assistência Social do Rio grande do Sul. Eleito pela
primeira vez deputado federal em 1994, ele está no quarto mandato. Na
Câmara, integrou comissões como as de Constituição e Justiça, Finanças e
Tributação, Educação e Minas e Energia.
Eliseu Lemos Padilha é natural de Canela (RS) e nasceu em 23 de
dezembro de 1945. Ele é advogado e empresário. Filiou-se ao antigo MDB
em 1966. Ele é considerado um dos melhores articuladores políticos do
PMDB e do Congresso Nacional. O deputado não concorreu às eleições deste
ano para se dedicar à campanha de Dilma Rousseff e Michel Temer.
Valdir Simão - CGU
Indicado ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir
Moysés Simão é auditor de carreira da Receita Federal e exerce, desde o
início de fevereiro deste ano, o cargo de secretário executivo da Casa
Civil.
Antes, trabalhou como assessor da presidenta Dilma Rousseff, no cargo
de coordenador do Gabinete Digital da Presidência da República. Também
foi secretário de Fazenda do Distrito Federal e presidente do Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS). Entre 2011 e 2013, foi secretário
executivo do Ministério do Turismo, onde acompanhou projetos destinados à
transparência e aumento do controle de contratos e gastos.
Na chefia da CGU, será responsável pela defesa do patrimônio público, transparência e pelo combate à corrupção.
Vinicius Lages - Turismo
O atual ministro do Turismo, o alagoano Vinicius Lages, 56 anos, foi
confirmado hoje (23) no comando da pasta durante o novo mandato da
presidenta Dilma Rousseff. Lages é engenheiro agrônomo e doutor em
economia do desenvolvimento com especialização em economia de serviços,
turismo e desenvolvimento de negócios.
Vinicius Lages ocupa o ministério desde março deste ano, quando substituiu o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA).
Antes de assumir o ministério, o alagoano ocupava a gerência da Unidade
de Assessoria Internacional do Sebrae. Lages é um técnico preocupado
com o desenvolvimento do turismo. Ao assumir a pasta em março, disse que
iria trabalhar para tornar o turismo nacional uma experiência de
hospitalidade inovadora.
Edinho Araújo - Secretaria de Portos
O deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) foi o indicado para comandar a
Secretaria de Portos no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, em
substituição ao atual ministro, Cesar Borges. Natural de Santa Fé do
Sul (SP), Edinho Araújo é advogado e professor. Nascido em 30 de julho
de 1949, ele está no terceiro mandato de deputado federal e foi
novamente eleito este ano.
O futuro ministro iniciou-se na vida pública como prefeito de sua
cidade natal, Santa Fé do Sul, de 1976 a 1982. Em seguida, elegeu-se
três vezes deputado estadual em São Paulo(1983-1987, 1987-1991 e
1991-1994). Foi também duas vezes prefeito de São José do Rio Preto, em
São Paulo (2001/2004 e 2005/2008). O deputado Edinho Araújo foi
vice-líder do PMDB e já integrou na Câmara dos Deputados as comissões de
Agricultura, Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano, Ciência e
Tecnologia, Constituição e Justiça, Defesa do Consumidor e Educação e
Cultura.
Ricardo Berzoini - Comunicações
O Ministério das Comunicações continuará sendo comandado por um
petista. Atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais,
Ricardo Berzoini vai substituir Paulo Bernardo no comando da pasta, uma
das sete cuja nova composição foi anunciada nesta segunda-feira (29).
Bancário, Berzoini iniciou sua militância no Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região em 1985. Três anos depois, foi secretário de
Imprensa e Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi
fundador e primeiro presidente da Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Eleito deputado federal pelo
PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no final de 2005 foi eleito
presidente nacional do PT. No governo Lula, foi ministro da Previdência
Social, quando esteve à frente da reforma da Previdência, e depois
assumiu a pasta do Trabalho e Emprego.
Miguel Rossetto - Secretaria Geral da Presidência
Um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o
sociólogo Miguel Rossetto deixa o Ministério do Desenvolvimento Agrário,
pasta que comandou também no governo do presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, e vai para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele
substitui Gilberto Carvalho. Rossetto chegou a ocupar o cargo de
ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Dilma, saindo em setembro
para integrar a coordenação da campanha pela reeleição da presidenta.
No seu currículo, consta ainda o cargo de vice-governador do Rio Grande
do Sul, na gestão Olívio Dutra, e de deputado federal em 1994.
Em 2006, Rossetto deixou o governo Lula para tentar a eleição ao
Senado, mas foi derrotado. Dois anos depois, foi indicado por Lula para a
presidência da Petrobras Biocombustível S/A, uma subsidiária da
Petrobras. Na Secretaria-geral da
Presidência da República, o gaúcho Miguel Rossetto terá a tarefa de
articular os movimentos sociais, atribuição que vinha sendo conduzida
por Gilberto Carvalho.
Gilberto Occhi - Integração Nacional
Gilberto Magalhães Occhi, foi transferido do ministério das Cidades,
cargo que assumiu em março deste ano.Mineiro de Ubá, Occhi é formado em
direito, tem pós-graduação nas áreas de finanças, mercado financeiro e
gestão empresarial. Ele é funcionário de carreira da Caixa Econômica
Federal desde 1980, onde ocupou os cargos de vice-presidente de Governo e
de superintendente nacional da Região Nordeste.
Patrus Ananias - Desenvolvimento Agrário
O advogado Patrus Ananias (PT-MG) vai comandar o Ministério do
Desenvolvimento Agrário no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff.
A pasta é responsável pelas políticas ligadas à reforma agrária,
promoção da agricultura familiar, regularização fundiária na Amazônia
Legal, bem como pelos processos de reconhecimento, demarcação e
titulação de territórios quilombolas.
Mineiro, o advogado de 62 anos retorna à Esplanada dos Ministérios
quatro anos depois de ter deixado o Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome, o qual comandou entre 2004 e 2010, quando foi
formulado e implementado o Programa Bolsa Família.
Patrus foi vereador em Belo Horizonte (de 1989 a 1992), prefeito da
capital mineira (1992–1996) e deputado federal (2002–2006), sempre pelo
PT, do qual é um dos fundadores. Foi membro do diretório estadual e
presidente do partido em Minas Gerais. Pelo PT, também foi candidato a
governador nas eleições de 1998 e indicado a vice na chapa de Hélio
Costa (PMDB) ao governo, em 2010.
Doutor em filosofia, é professor licenciado de Introdução ao estudo de
direito na Faculdade Mineira de Direito da PUC-Minas e pesquisador da
Escola Legislativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, da qual é
servidor público concursado. Patrus Ananias vai substituir Miguel
Rossetto, que assumirá o comando da Secretaria-Geral da Presidência da
República.
Carlos Gabas - Previdência Social
Servidor de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS),
Carlos Eduardo Gabas volta a comandar da pasta, cargo que ocupou entre
março de 2010 e janeiro de 2011. Formado
em Ciências Contábeis pela Faculdade Católica Salesiana de Araçatuba
(SP), cidade onde nasceu, em 1965, Gabas ingressou no serviço público em
1986, como agente previdenciário.
Em janeiro de 2003, assumiu a superintendência estadual do INSS em São
Paulo e, em 2005, foi nomeado para a secretaria-executiva do Ministério
da Previdência Social, cargo que ocupou até ser o primeiro servidor de
carreira do órgão a comandar a pasta.
Na secretaria-executiva, participou da elaboração de projetos que
viraram leis, como o que criou a Superintendência Nacional de
Previdência Complementar (Previc). Ele também participou das negociações
de acordos internacionais de Previdência Social.
Pepe Vargas - Relações Institucionais
O deputado federal Pepe Vargas (PT–RS) é o novo ministro da Secretaria
de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do
Executivo com o Legislativo. Ele terá a tarefa de conduzir essa relação
em um momento acirrado, com a base aliada do governo federal menor e com
divisões internas.
Hoje, Vargas integra a Comissão de Finanças e Tributação como membro
titular e a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle como
suplente. Anteriormente, ele participou do governo federal entre 2012 e
2014, quando foi ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma
Rousseff. O petista deixou o governo em março, durante reforma
ministerial.
Pepe Vargas é formado em medicina e começou a trajetória política como
militante no movimento estudantil. O primeiro cargo eletivo foi o de
vereador de Caxias do Sul em 1988. Depois, foi deputado estadual
(1994–1996) e duas vezes prefeito de Caxias do Sul (1996–2000 e
2000–2004). Em 2006, 2010 e 2014 foi eleito deputado federal.
Antonio Carlos Rodrigues - Ministro dos Transportes
O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antonio Carlos
Rodrigues, vai assumir o Ministério dos Transportes. Suplente de Marta
Suplicy no Senado, Rodrigues assumiu a cadeira da parlamentar, em 2012,
quando Marta foi para o Ministério da Cultura. Ele atuou como senador
até novembro deste ano.
No Senado, integrou as comissões de Assuntos Econômicos e de
Constituição e Justiça, entre outros. Ele também fez parte do Conselho
de Ética e Decoro Parlamentar e da Procuradoria Parlamentar.
Nascido na capital paulista, Rodrigues é advogado e procurador. Está no
quarto mandato de vereador, cargo que assumiu pela primeira vez em
2001. Em 2010 teve o cargo cassado, mas o Tribunal Regional Eleitoral de
São Paulo decidiu rever a decisão.
Começou a vida pública na Companhia de Saneamento Básico do Estado de
São Paulo (Sabesp). Nos anos seguintes, trabalhou na Assembleia
Legislativa de São Paulo e nos governos municipal e estadual. Assumirá o
ministério do lugar de Paulo Sérgio Passos.
Juca Ferreira - Cultura
O baiano estará à frente do ministério pela segunda vez. A primeira foi
durante o governo Lula, em 2008, quando substituiu o músico Gilberto
Gil, com quem trabalhou durante mais de cinco anos no MinC como
secretário executivo, entre 2003 e 2008. Na sua primeira passagem pelo
ministério, Juca colaborou na formulação dos pontos de Cultura, programa
que levou para São Paulo.
A volta de Juca Ferreira à Esplanada dos Ministérios está vinculada
tanto à atuação na prefeitura de São Paulo como na campanha de Dilma à
reeleição. Ele coordenou o programa de cultura da candidata e também
mobilizou artistas e grupos culturais para apoiá-la. Nas últimas semanas
da disputa, chegou a se licenciar da prefeitura para dedicar-se
exclusivamente às eleições.
A militância política do futuro ministro da Cultura vem desde a
juventude. Ele foi líder estudantil e, em 1968, chegou a ser eleito
presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mas
não assumiu por causa do Ato Institucional Número 5, que proibiu o
funcionamento da entidade. Juca viveu nove anos no exílio no Chile, na
Suécia e na França, onde se formou em Ciências Sociais na Universidade
Paris 1 – Sorbonne.
No Brasil, passou a atuar com políticas de cultura na Bahia. Nos anos
1980, ingressou também na militância ambiental. Depois, participou de
fóruns internacionais sobre cultura e meio ambiente como representante
da sociedade civil. Filiado ao PV, foi secretário municipal de Meio
Ambiente de Salvador e vereador da capital baiana por dois mandatos,
tendo sido eleito em 1992 e 2000. Depois de mais duas décadas no PV,
filiou-se ao PT em 2012.
Mauro Luiz Iecker Vieira - Ministério de Relações Exteriores
Mauro Vieira, é titular da embaixada brasileira nos Estados Unidos
desde 2010, quando teve o nome aprovado pelo Senado para ocupar o posto,
considerado o mais importante da diplomacia brasileira. Antes disso,
ele foi por quase seis anos embaixador do Brasil em Buenos Aires.
Vieira é formado em direito pela Universidade Federal Fluminense e já
serviu em representações no Uruguai, México e na França, além de ter
atuado como chefe de gabinete do ex-ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim.
O novo ministro é próximo de Amorim, com quem já trabalhou nos governos
de José Sarney e Itamar Franco. É também conhecido como uma pessoa
discreta e com grande capacidade de antecipar crises, além de ter sido
muito elogiado pelos senadores na época da votação de sua indicação para
Washington.
Ministros que continuam no cargo:
- Advocacia-Geral da União: Luís Inácio Adams
- Assuntos Estratégicos: Marcelo Neri
- Casa Civil: Aloizio Mercadante
- Comunicação Social: Thomas Traumann
- Desenvolvimento Social: Tereza Campello
- Direitos Humanos: Ideli Salvatti
- Gabinete de Segurança Institucional: José Elito Siqueira
- Justiça: José Eduardo Cardozo
- Meio Ambiente: Izabella Teixeira
- Micro e Pequena Empresa: Guilherme Afif Domingos
- Políticas para Mulheres: Eleonora Menicucci
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Saúde: Arthur Chioro
- Trabalho: Manoel Dias
- Assuntos Estratégicos: Marcelo Neri
- Casa Civil: Aloizio Mercadante
- Comunicação Social: Thomas Traumann
- Desenvolvimento Social: Tereza Campello
- Direitos Humanos: Ideli Salvatti
- Gabinete de Segurança Institucional: José Elito Siqueira
- Justiça: José Eduardo Cardozo
- Meio Ambiente: Izabella Teixeira
- Micro e Pequena Empresa: Guilherme Afif Domingos
- Políticas para Mulheres: Eleonora Menicucci
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Saúde: Arthur Chioro
- Trabalho: Manoel Dias
*com informações da Agência Brasil
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