quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Saiba quem são os novos ministros do governo Dilma


A Secretaria de Comunicação Social da Presidência anunciou nesta quarta-feira (31) os últimos 14 ministros do segundo mandato da presidente reeleita, Dilma Rousseff. Todos os novos integrantes do primeiro escalão do governo devem assumir oficialmente suas funções no dia da posse da presidenta, marcada para as 15h do dia 1º de janeiro. Conheça quem são os futuros ministros do segundo mandato de Dilma:

Gilberto Kassab - Ministério das Cidades

Economista, engenheiro civil e empresário, Gilberto Kassab foi duas vezes prefeito de São Paulo, entre 2006 e 2012. Ele assumiu a prefeitura da capital paulista pela primeira vez após a renúncia de José Serra, de quem era vice-prefeito, quando este deixou o cargo para se candidatar ao governo do estado. Graduado engenheiro civil pela Escola Politécnicda da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e economista pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP), Kassab também cursou introdução à ciência política na Universidade de Brasília (UnB) em 1980. Deputado federal por duas legislaturas (1999-2003 e 2203-2007), renunciou em 1º de janeiro de 2005 para assumir o mandato de vice-prfeito em São Paulo.
Kassab iniciou a vida política aos 25 anos, participando do Fórum de Jovens Empreendedores da Associação Comercial de São Paulo. Em 1989, participou da campanha presidencial de Guilherme Afif Domingos e, em 1992, foi eleito vereador pelo extinto PL. Filiou-se ao PFL (atual DEM) em 1995, alcançando a vice-presidência do partido em São Paulo em 1996 e a presidência em 2007 .Em março de 2011, Gilberto Kassab fundou, com dissidentes de diversos partidos, entre eles DEM, PSDB e PPS, o Partido Social Democrático (PSD), cuja legalização ocorreria em 27 de setembro do mesmo. Ele é presidente nacional da legenda.


Jaques Wagner - Ministério da Defesa

Atual governador da Bahia, Jaques Wagner vai assumir o Ministério da Defesa a partir de 1º de janeiro de 2015. O petista foi ministro do Trabalho e Emprego durante o primeiro governo Lula. Em 2005, assumiu a função de ministro das Relações Institucionais, em meio à crise política que resultou nas denúncias sobre o mensalão. Também coordenou a Secretaria Especial do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República.
Jaques Wagner nasceu em 1951, no Rio de Janeiro, onde cursou engenharia civil, na Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ). Na universidade, presidiu o Diretório Acadêmico e, em 1973, perseguido pelo regime militar, deixou o curso e o Rio de Janeiro, indo para Salvador em 1974. Trabalhando na indústria petroquímica, Wagner começou a atuar no movimento sindical, onde, na década de 1980, conheceu Luiz Inácio Lula da Silva. Participou da criação do Partido dos Trabalhadores (PT) e foi o primeiro presidente do partido na Bahia.
Em 1990, Jaques Wagner foi eleito para a Câmara dos Deputados pelo PT baiano, cargo para o qual foi reeleito em 1994 e 1998. Na Câmara, foi líder da bancada do PT e vice-líder entre 1993 e 1998. Em 2000, disputou a Prefeitura de Camaçari e, em 2002, foi candidato ao governo da Bahia. Em 2006, Wagner foi eleito governador da Bahia em primeiro turno, definindo a área social como prioridade e reforçando os programas federais de transferência de renda. Em 2010, foi reeleito, também em primeiro turno. Wagner deixa o  governo da Bahia no fim deste ano. Em seu lugar, assume Rui Costa, também do PT.
Cid Gomes - Ministério da Educação
O novo ministro da Educação é o atual governador do Ceará, Cid Gomes. Ele nasceu em Sobral (CE), em 1963, e ingressou na politica em 1988, aos 25 anos. Ele substitui o atual titular da pasta, Henrique Paim. Na universidade, presidiu o Centro Acadêmico do curso de engenharia da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde se formou engenheiro civil. Em 1990, conquistou o primeiro mandato de deputado estadual, reelegendo-se em 1994.
Foi eleito prefeito de Sobral em 1996 e em 2000. Em 2005, mudou-se para Washington (EUA), onde exerceu a função de consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em 2006, elegeu-se, em primeiro turno, governador do Ceará e também coordenou a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo turno da eleição presidencial. Em 2010, foi reconduzido ao cargo de governador. Cid Gomes é filho de José Santos Ferreira Gomes, que foi prefeito de Sobral, e irmão de Ciro Gomes, ex-prefeito de Fortaleza, ex-governador do Ceará e ex-ministro da Fazenda, em 1994, e da Integração Nacional, em 2003.

Nilma Lino Gomes - Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial

Mineira de Belo Horizonte, a nova ministra da Secretaria de Política de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nilma Lino Gomes, é pedagoga, graduada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1988. Concluiu o mestrado em educação também pela UFMG em 1994. É doutora em antropologia social pela Universidade de São Paulo (USP).
Mudou-se para Portugal onde fez o pós-doutorado em sociologia pela Universidade de Coimbra, em 2006. Nilma Lino Gomes coordenou o Programa de Ações Afirmativas da UFMG. Em abril de 2013, tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade federal, ao ser nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (Unilab).

George Hilton - Ministério do Esporte

O futuro ministro do Esporte, George Hilton, que substituirá o atual ministro Aldo Rebelo, está no terceiro mandato como deputado federal pelo PRB de Minas Gerais. Hilton conquistou o primeiro mandado na Câmara dos Deputados em 2006 pelo PP e foi reeleito em 2010 e em 2014 já pelo PRB, partido do qual é líder. Aldo Rebelo passará a comandar a pasta da Ciência, Tecnologia e Inovação.
George Hilton ingressou na vida política pelo PST, elegendo-se deputado estadual de Minas Gerias em 1998 e reelegendo-se para o segundo mandato em 2002 pelo PL. Natural de Alagoinhas, na Bahia, Hilton nasceu em 11 e junho de 1971 e é radialista, apresentador de televisão e teólogo.
Na Câmara, ele é considerado um deputado de boas relações pessoais e bom articulador político, além ser de fácil trato com os colegas. Já integrou as comissões de Constituição e Justiça, de Minas e Energia, de Relações Exteriores e Defesa Nacional e de Cultura e de Educação.

Kátia Abreu - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

A senadora Kátia Abreu é quem vai comandar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. O anúncio foi feito há pouco pelo Palácio do Planalto. Ela sucederá o ministro Neri Geller, que assumiu o cargo em março deste ano. Senadora da República pelo PMDB de Tocantins, Kátia Abreu é presidenta da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) desde 2008. Este ano, foi reeleita pela segunda vez para dirigir a entidade representativa dos produtores rurais, que agrega 27 federações estaduais e 2 mil sindicatos. Kátia foi deputada federal suplente pelo antigo PFL (atual DEM) entre 1999 e 2003, assumindo o cargo duas vezes nesse período. Em 2002, foi eleita para a Câmara, atuando na Casa como vice-líder de seu partido à época.
Em 2006, foi eleita senadora pelo Tocantins e, em outubro deste ano, foi reeleita para mais oito anos no Senado. Kátia Abreu integra a bancada ruralista no Congresso, onde defende medidas como mais investimentos em infraestrutura e a regulamentação da mão de obra terceirizada. Até 2012, foi uma das principais vozes da bancada nas negociações em torno do novo Código Florestal. Apesar de o setor se posicionar de maneira contrária ao governo em temas polêmicos como a competência do Executivo de demarcar terras indígenas, Kátia Abreu é considerada uma das parlamentares mais próximas da presidenta. O registro do seu nome para audiências com Dilma é um dos que aparecem com mais frequência na agenda presidencial. Desde 1987, quando ficou viúva, a senadora conduz as atividades da Fazenda Aliança, em Tocantins. Formada em psicologia em Goiânia, sua cidade natal, Kátia Abreu também presidiu a Federação da Agricultura do Estado do Tocantins e o Sindicato Rural de Gurupi.

Eduardo Braga - Ministério de Minas e Energia

O senador Eduardo Braga (PMDB) nasceu em Belém (PA), em 1960. Empresário do setor de revenda de automóveis, é formado em engenharia elétrica pela Universidade Federal do Amazonas. Iniciou a carreira política aos 21 anos, como vereador de Manaus. Em 1986, elegeu-se deputado estadual e, em 1990, foi eleito deputado federal. Em 1992, Braga foi eleito vice-prefeito de Manaus, assumindo a prefeitura em 1994. Em 2002, foi eleito, em primeiro turno, governador do Amazonas, cargo para o qual foi reeleito em 2006.
Em 2010, foi eleito senador pelo Amazonas. Desde março de 2012, Braga é líder do governo da presidenta Dilma Rousseff no Senado. Em outubro deste ano, disputou as eleições para o governo do estado, mas perdeu, no segundo turno, para José Melo .
Eduardo Braga é autor da Lei de Mudanças Climáticas e Conservação Ambiental, além de ter criado o Programa Bolsa Floresta e a Fundação Amazonas Sustentável. Atualmente, coordena o PMDB Sócio Ambiental.
O atual ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, deverá voltar a ocupar uma vaga no Senado - seu mandato termina 2019. Lobão, que já tinha sido ministro de Minas e Energia durante o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está à frente da pasta desde janeiro de 2011.

Aldo Rebelo - Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

Novo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo, é membro do PCdoB. Jornalista e deputado federal eleito por cinco mandatos consecutivos (1989 a 2011), é conhecido pela postura nacionalista e por projetos como o da redução de estrangeirismos na língua portuguesa e o da reforma do Código Florestal Brasileiro. Com intensa participação na área das relações exteriores e de defesa nacional, foi membro da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, sendo seu presidente em 2002.
Presidente da Câmara de 2005 a 2007, foi líder do PCdoB e do governo Lula. Em janeiro de 2004, licenciou-se do mandato de deputado e assumiu a Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais da Presidência da República. Nas eleições municipais de 2008, foi candidato a vice-prefeito de São Paulo na chapa de Marta Suplicy (PT). O candidato vitorioso foi Gilberto Kassab, indicado hoje para o Ministério das Cidades.
Natural de Alagoas, Aldo Rebelo começou a se interessar por política quando estudava no Colégio Agrícola Floriano Peixoto, na década de 70. Ele ingressou na Ação Popular (AP) e, em 1977, no PCdoB. Em 1979, quando a União Nacional dos Estudantes (UNE) foi reconstruída, Aldo foi eleito secretário-geral e chegou à presidência em 1980. Sua trajetória parlamentar teve início em 1988, quando foi eleito vereador por São Paulo.

Helder Barbalho - Ministério da Pesca

Novo ministro da Pesca, Helder Barbalho é filho do senador Jader Barbalho (PMDB) e da deputada federal Elcione Therezinha Zahluth. Natural de Belém, Helder tentou eleger-se governador do Pará pela primeira vez este ano, mas perdeu para Simão Jatene.
Formado em administração, começou a carreira política há 15 anos, quando foi eleito o vereador mais votado de Ananindeua, com 4,2 mil votos. Em 2002, elegeu-se deputado estadual. Aos 25 anos, foi eleito o prefeito mais jovem da história do Pará. Em 2008, foi reeleito prefeito de Ananindeua, com mais de 93 mil votos.
Em 2008 e 2010, recebeu o prêmio de Prefeito Empreendedor, do Sebrae do Pará, pelo incentivo à geração de emprego e renda para a população de Ananindeua. Por duas vezes, em 2007 e 2010, recebeu do governo federal e da Organização Ação Fome Zero o prêmio Gestor Eficiente da Merenda Escolar de Qualidade. Recebeu, ainda, o prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio do Brasil, o ODM, com o Projeto Escola Ananin.

Eliseu Padilha - Secretaria de Aviação Civil

O futuro ministro da Secretaria de Aviação Civil, deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que vai substituir o também peemedebista Moreira Franco, é um dos políticos mais próximos do atual vice-presidente da República e presidente nacional do partido, Michel Temer. O parlamentar gaúcho é o atual presidente da Fundação Ulysses Guimarães, entidade ligada ao PMDB.
Padilha foi ministro dos Transportes no governo Fernando Henrique Cardoso de 1997 a 2001. Antes foi secretário dos Negócios do Trabalho, Cidadania e Assistência Social do Rio grande do Sul. Eleito pela primeira vez deputado federal em 1994, ele está no quarto mandato. Na Câmara, integrou comissões como as de Constituição e Justiça, Finanças e Tributação, Educação e Minas e Energia.
Eliseu Lemos Padilha é natural de Canela (RS) e nasceu em 23 de dezembro de 1945. Ele é advogado e empresário. Filiou-se ao antigo MDB em 1966. Ele é considerado um dos melhores articuladores políticos do PMDB e do Congresso Nacional. O deputado não concorreu às eleições deste ano para se dedicar à campanha de Dilma Rousseff  e Michel Temer.
Valdir Simão - CGU 
Indicado ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Valdir Moysés Simão é auditor de carreira da Receita Federal e exerce, desde o início de fevereiro deste ano, o cargo de secretário executivo da Casa Civil.
Antes, trabalhou como assessor da presidenta Dilma Rousseff, no cargo de coordenador do Gabinete Digital da Presidência da República. Também foi secretário de Fazenda do Distrito Federal e presidente do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Entre 2011 e 2013, foi secretário executivo do Ministério do Turismo, onde acompanhou projetos destinados à transparência e aumento do controle de contratos e gastos.
Na chefia da CGU, será responsável pela defesa do patrimônio público, transparência e pelo combate à corrupção.
Vinicius Lages - Turismo
O atual ministro do Turismo, o alagoano Vinicius Lages, 56 anos, foi confirmado hoje (23) no comando da pasta durante o novo mandato da presidenta Dilma Rousseff. Lages é engenheiro agrônomo e doutor em economia do desenvolvimento com especialização em economia de serviços, turismo e desenvolvimento de negócios.
Vinicius Lages ocupa o ministério desde março deste ano, quando substituiu o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA).
Antes de assumir o ministério, o alagoano ocupava a gerência da Unidade de Assessoria Internacional do Sebrae. Lages é um técnico preocupado com o desenvolvimento do turismo. Ao assumir a pasta em março, disse que iria trabalhar para tornar o turismo nacional uma experiência de hospitalidade inovadora.
Edinho Araújo - Secretaria de Portos
O deputado Edinho Araújo (PMDB-SP) foi o indicado para comandar a Secretaria de Portos no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, em substituição ao atual ministro, Cesar Borges. Natural de Santa Fé do Sul (SP), Edinho Araújo é advogado e professor. Nascido em 30 de julho de 1949, ele está no terceiro mandato de deputado federal e foi novamente eleito este ano.
O futuro ministro iniciou-se na vida pública como prefeito de sua cidade natal, Santa Fé do Sul, de 1976 a 1982. Em seguida, elegeu-se três vezes deputado estadual em São Paulo(1983-1987, 1987-1991 e 1991-1994). Foi também duas vezes prefeito de São José do Rio Preto, em São Paulo (2001/2004 e 2005/2008). O deputado Edinho Araújo foi vice-líder do PMDB e já integrou na Câmara dos Deputados as comissões de Agricultura, Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano, Ciência e Tecnologia, Constituição e Justiça, Defesa do Consumidor e Educação e Cultura.

Ricardo Berzoini - Comunicações

O Ministério das Comunicações continuará sendo comandado por um petista. Atual ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini vai substituir Paulo Bernardo no comando da pasta, uma das sete cuja nova composição foi anunciada nesta segunda-feira (29).
Bancário, Berzoini iniciou sua militância no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em 1985. Três anos depois, foi secretário de Imprensa e Comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Foi fundador e primeiro presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Eleito deputado federal pelo PT quatro vezes (1998, 2002, 2006 e 2010), no final de 2005 foi eleito presidente nacional do PT. No governo Lula, foi ministro da Previdência Social, quando esteve à frente da reforma da Previdência, e depois assumiu a pasta do Trabalho e Emprego.

Miguel Rossetto -  Secretaria Geral da Presidência

Um dos fundadores do PT e da Central Única dos Trabalhadores (CUT), o sociólogo Miguel Rossetto deixa o Ministério do Desenvolvimento Agrário, pasta que comandou também no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,  e vai para a Secretaria-Geral da Presidência da República. Ele substitui Gilberto Carvalho. Rossetto chegou a ocupar o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário no governo Dilma, saindo em setembro para integrar a coordenação da campanha pela reeleição da presidenta. No seu currículo, consta ainda o cargo de vice-governador do Rio Grande do Sul, na gestão Olívio Dutra, e de deputado federal em 1994.
Em 2006, Rossetto deixou o governo Lula para tentar a eleição ao Senado, mas foi derrotado. Dois anos depois, foi indicado por Lula para a presidência da Petrobras Biocombustível S/A, uma subsidiária da Petrobras. Na Secretaria-geral da Presidência da República, o gaúcho Miguel Rossetto terá a tarefa de articular os movimentos sociais, atribuição que vinha sendo conduzida por Gilberto Carvalho.

Gilberto Occhi - Integração Nacional

Gilberto Magalhães Occhi, foi transferido do ministério das Cidades, cargo que assumiu em março deste ano.Mineiro de Ubá, Occhi é formado em direito, tem pós-graduação nas áreas de finanças, mercado financeiro e gestão empresarial. Ele é funcionário de carreira da Caixa Econômica Federal desde 1980, onde ocupou os cargos de vice-presidente de Governo e de superintendente nacional da Região Nordeste.

Patrus Ananias - Desenvolvimento Agrário

O advogado Patrus Ananias (PT-MG) vai comandar o Ministério do Desenvolvimento Agrário no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff. A pasta é responsável pelas políticas ligadas à reforma agrária, promoção da agricultura familiar, regularização fundiária na Amazônia Legal, bem como pelos processos de reconhecimento, demarcação e titulação de territórios quilombolas.
Mineiro, o advogado de 62 anos retorna à Esplanada dos Ministérios quatro anos depois de ter deixado o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o qual comandou entre 2004 e 2010, quando foi formulado e implementado o Programa Bolsa Família.
Patrus foi vereador em Belo Horizonte (de 1989 a 1992), prefeito da capital mineira (1992–1996) e deputado federal (2002–2006), sempre pelo PT, do qual é um dos fundadores. Foi membro do diretório estadual e presidente do partido em Minas Gerais. Pelo PT, também foi candidato a governador nas eleições de 1998 e indicado a vice na chapa de Hélio Costa (PMDB) ao governo, em 2010.
Doutor em filosofia, é professor licenciado de Introdução ao estudo de direito na Faculdade Mineira de Direito da PUC-Minas e pesquisador da Escola Legislativa da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, da qual é servidor público concursado. Patrus Ananias vai substituir Miguel Rossetto, que assumirá o comando da Secretaria-Geral da Presidência da República.

Carlos Gabas - Previdência Social

Servidor de carreira do Instituto Nacional do Seguro Social  (INSS), Carlos Eduardo Gabas volta a comandar da pasta, cargo que ocupou entre março de 2010 e janeiro de 2011. Formado em Ciências Contábeis pela Faculdade Católica Salesiana de Araçatuba (SP), cidade onde nasceu, em 1965, Gabas ingressou no serviço público em 1986, como agente previdenciário.
Em janeiro de 2003, assumiu a superintendência estadual do INSS em São Paulo e, em 2005, foi nomeado para a secretaria-executiva do Ministério da Previdência Social, cargo que ocupou até ser o primeiro servidor de carreira do órgão a comandar a pasta.
Na secretaria-executiva, participou da elaboração de projetos que viraram leis, como o que criou a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc). Ele também participou das negociações de acordos internacionais de Previdência Social.

Pepe Vargas - Relações Institucionais

O deputado federal Pepe Vargas (PT–RS) é o novo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do Executivo com o Legislativo. Ele terá a tarefa de conduzir essa relação em um momento acirrado, com a base aliada do governo federal menor e com divisões internas.
Hoje, Vargas integra a Comissão de Finanças e Tributação como membro titular e a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle como suplente. Anteriormente, ele participou do governo federal entre 2012 e 2014, quando foi ministro do Desenvolvimento Agrário do governo Dilma Rousseff. O petista deixou o governo em março, durante reforma ministerial.
Pepe Vargas é formado em medicina e começou a trajetória política como militante no movimento estudantil. O primeiro cargo eletivo foi o de vereador de Caxias do Sul em 1988. Depois, foi deputado estadual (1994–1996) e duas vezes prefeito de Caxias do Sul (1996–2000 e 2000–2004). Em 2006, 2010 e 2014 foi eleito deputado federal.

Antonio Carlos Rodrigues - Ministro dos Transportes

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Antonio Carlos Rodrigues, vai assumir o Ministério dos Transportes. Suplente de Marta Suplicy no Senado, Rodrigues assumiu a cadeira da parlamentar, em 2012, quando Marta foi para o Ministério da Cultura. Ele atuou como senador até novembro deste ano. 
No Senado, integrou as comissões de Assuntos Econômicos e de Constituição e Justiça, entre outros. Ele também fez parte do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar e da Procuradoria Parlamentar.
Nascido na capital paulista, Rodrigues é advogado e procurador. Está no quarto mandato de vereador, cargo que assumiu pela primeira vez em 2001. Em 2010 teve o cargo cassado, mas o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo decidiu rever a decisão.
Começou a vida pública na Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Nos anos seguintes, trabalhou na Assembleia Legislativa de São Paulo e nos governos municipal e estadual. Assumirá o ministério do lugar de Paulo Sérgio Passos.

Juca Ferreira - Cultura

O baiano estará à frente do ministério pela segunda vez. A primeira foi durante o governo Lula, em 2008, quando substituiu o músico Gilberto Gil, com quem trabalhou durante mais de cinco anos no MinC como secretário executivo, entre 2003 e 2008. Na sua primeira passagem pelo ministério, Juca colaborou na formulação dos pontos de Cultura, programa que levou para São Paulo.
A volta de Juca Ferreira à Esplanada dos Ministérios está vinculada tanto à atuação na prefeitura de São Paulo como na campanha de Dilma à reeleição. Ele coordenou o programa de cultura da candidata e também mobilizou artistas e grupos culturais para apoiá-la. Nas últimas semanas da disputa, chegou a se licenciar da prefeitura para dedicar-se exclusivamente às eleições.
A militância política do futuro ministro da Cultura vem desde a juventude. Ele foi líder estudantil e, em 1968, chegou a ser eleito presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), mas não assumiu por causa do Ato Institucional Número 5, que proibiu o funcionamento da entidade. Juca viveu nove anos no exílio no Chile, na Suécia e na França, onde se formou em Ciências Sociais na Universidade Paris 1 – Sorbonne.
No Brasil, passou a atuar com políticas de cultura na Bahia. Nos anos 1980, ingressou também na militância ambiental. Depois, participou de fóruns internacionais sobre cultura e meio ambiente como representante da sociedade civil. Filiado ao PV, foi secretário municipal de Meio Ambiente de Salvador e vereador da capital baiana por dois mandatos, tendo sido eleito em 1992 e 2000. Depois de mais duas décadas no PV, filiou-se ao PT em 2012.
Mauro Luiz Iecker Vieira - Ministério de Relações Exteriores
Mauro Vieira, é titular da embaixada brasileira nos Estados Unidos desde 2010, quando teve o nome aprovado pelo Senado para ocupar o posto, considerado o mais importante da diplomacia brasileira. Antes disso, ele foi por quase seis anos embaixador do Brasil em Buenos Aires.
Vieira é formado em direito pela Universidade Federal Fluminense e já serviu em representações no Uruguai, México e na França, além de ter atuado como chefe de gabinete do ex-ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O novo ministro é próximo de Amorim, com quem já trabalhou nos governos de José Sarney e Itamar Franco. É também conhecido como uma pessoa discreta e com grande capacidade de antecipar crises, além de ter sido muito elogiado pelos senadores na época da votação de sua indicação para Washington.
Ministros que continuam no cargo:
- Advocacia-Geral da União: Luís Inácio Adams
- Assuntos Estratégicos: Marcelo Neri
- Casa Civil: Aloizio Mercadante
- Comunicação Social: Thomas Traumann
- Desenvolvimento Social: Tereza Campello
- Direitos Humanos: Ideli Salvatti
- Gabinete de Segurança Institucional: José Elito Siqueira
- Justiça: José Eduardo Cardozo
- Meio Ambiente: Izabella Teixeira
- Micro e Pequena Empresa: Guilherme Afif Domingos
- Políticas para Mulheres: Eleonora Menicucci
- Relações Exteriores: Mauro Vieira
- Saúde: Arthur Chioro
- Trabalho: Manoel Dias
*com informações da Agência Brasil

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