Quem comprar carro zero quilômetro a partir do dia 1° de janeiro de
2015 vai sentir diferença no preço com o fim da redução da alíquota do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Para os carros populares,
a alíquota sobe dos atuais 3% para 7%. No caso dos carros com motor
flex (gasolina e etanol), que hoje recolhem 9% de IPI, a alíquota sobe
para 11%, e os carros movidos só a gasolina, que pagam 10%, terão a
alíquota aumentada para 13%.
A redução no IPI para veículos começou em 2012 como estratégia do
governo Dilma Rousseff para manter a economia aquecida. Artifício
utilizado antes, em 2009, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, no
auge dos efeitos da crise financeira deflagrada em setembro de 2008 com a
quebra do banco norte-americano de financiamentos Lehman Brothers.
Ao renovar sucessivas vezes a permanência do IPI reduzido dos
automóveis, o governo vinculou a medida a um compromisso da indústria
automotiva de não cortar empregos. No último mês de novembro, o
presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Luiz Moan, sugeriu que a elevação do imposto não acarretará demissões no setor.
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