O
vice-presidente Michel Temerviaja nesta quinta-feira (3) para Nova York
para apresentar, a uma plateia comlideranças políticas, grandes
empresários e acadêmicos, a posição do governobrasileiro sobre a
economia e as oportunidades no país. Temer acredita que noúltimo mês,
quando a agência de classificação de risco Standard &
Poor's(S&P) rebaixou a nota da economia brasileira, houve a
propagação de uma“falsa imagem de que o país pode ir para a bancarrota”.
“Eu
vou tentar vender a imagemverdadeira do Brasil, não a imagem
construída, e gerar uma despreocupação emrelação ao futuro do país”,
disse o vice-presidente em relação às palestras quedará em dois eventos
no centro financeiro dos Estados Unidos. Assim como semanifestaram nos
últimos dias a presidenta Dilma Rousseff e o ministro daFazenda, Guido
Mantega, Temer ressalta que a inflação está dentro da meta, adívida
líquida do setor público vem caindo e o cenário para investimentos
épositivo.
“Não
podemos nos pautar apenas peloque acontece em um mês do ano. Devemos
nos pautar pelo que vem acontecendo epelo que vai acontecer”, disse
Temer em entrevista exclusiva à AgênciaBrasil, acrescentando que
apresentará nos Estados Unidos informações sobregrandes empresas que
estão abrindo unidades e investindo centenas de milhões dedólares no
Brasil. “O empresário que investe quer ganhar, não vai investir
paraperder, e empresários desse porte, que investem quantias dessa
natureza, éporque têm confiança no futuro do país, ou não investiriam”.
Temer
destacou que asoportunidades de investimento no país são enormes e
lembrou que bilhões dereais estão sendo investidos em infraestrutura.
“Toda a infraestrutura que ogoverno está montando para o Brasil –
portos, aeroportos, rodovias, ferrovias –será o grande passo do nosso
país nos próximos cinco anos. Quem vier agorapoderá até colaborar nessa
infraestrutura”.
Em
relação à segurança jurídicapara os investimentos estrangeiros, Temer
disse que algumas práticas denacionalização de empresas verificadas em
países vizinhos podem causar certapreocupação em relação à entrada de
companhias internacionais no país, masressalta que o Brasil tem uma
legislação consolidada na proteção da propriedadeprivada. Segundo ele,
essa não é apenas uma decisão de governo, mas daConstituição.
“Então,
esses preceitos todos dachamada democracia liberal estão incrustados na
nossa Constituição e eu voutentar demonstrar exatamente isso: pode ter
confiança, o Brasil cumprecontrato, o Brasil auxilia: muitas vezes
financiamos empresas estrangeiras avirem para cá. Essa é a imagem que
quero vender nesses dois eventos e foi paraisso até que fui convidado”,
disse Temer.
Um
dos eventos, promovido peloFórum das Américas no dia 7 de abril, tem
como tema Brics no Mundo: uma visãoestratégica e política. Na opinião do
vice-presidente, que tem viajado porvários países chefiando delegações
com ministros e empresários brasileiros, obloco representa uma aliança
natural entre grandes países que se reúnem paradiscutir problemas
comuns. O grupo, formado pelo Brasil, pela Rússia, Índia,China e África
do Sul (da sigla Brics) representa mais de 20% do PIB e de 40%da
população mundiais.
“Essa
troca de ideias, esse fórumde auxílio recíproco, tem sido útil para os
países contratantes. Eu fui àRússia, à China, e em todos os locais as
portas estão mais abertas também emfunção desse fórum, porque há uma
fraternidade, uma irmanação”, disse ovice-presidente. Antes do evento
sobre o Brics, Temer dará uma palestra, amanhã(4), no Council on Foreing
Relations, entidade que tem o objetivo de aumentar acompreensão
norte-americana sobre o mundo e publica o periódico ForeignAffairs. (Agência Brasil)
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