Intervenção deve acontecer até as 12h desta quarta-feira (23).
Ação do MP na Justiça alega falta de segurança na estrutura do viaduto.
Ação do MP na Justiça alega falta de segurança na estrutura do viaduto.
As ruas e avenidas do entorno do viaduto do Baldo, na zona Leste de
Natal, irão sofrer intervenções a partir desta quarta-feira (23). O
motivo é uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a Prefeitura de Natal,
recomendando a interdição da área por falta da segurança. O bloqueio
deve começar ainda nesta manhã. A ação foi movida pela promotora Rossana
Mary Sudário e acatada pela juíza Francimar Dias Araújo da Silva, da 2ª
Vara da Fazenda Pública de Natal.
Além do viaduto, que se encontra interditado desde outubro de 2012,
trechos das avenidas Deodoro da Fonseca e Rio Branco, que ligam o Centro
a zona Sul, também serão fechados. De acordo com a decisão, as áreas
ficam bloqueadas até que sejam feitos os reparos na estrutura do
viaduto.
Segundo o diretor de fiscalização da Secretaria Municipal de Mobilidade
Urbana, Carlos Eugênio Barbosa, o trabalho de interdição deve ser feito
até às 12h. "Esse trabalho de interdição precisa de alguns ajustes.
Algumas ruas terão o fluxo alterado, desviando o trânsito no entorno do
viaduto", explicou ele.
O diretor pediu ainda a colaboração da população durante a interdição
da área do Baldo. "Queremos que a comunidade em geral, que transita na
região diariamente, procure outras opções. Vamos dar prioridade aos
transportes de massa, uma vez que essa região tem grande trafêgo de
ônibus e usários do transporte público", disse Carlos Eugênio.
A primeira denúncia sobre a deterioração das estruturas do viaduto, de
acordo com o Ministério Público, foi feita em 2010, quando a Promotoria
de Defesa do Meio Ambiente instaurou um Inquérito Civil Público. A
denúncia relata que o estacionamento da Companhia Energética do Rio
Grande do Note (Cosern) já havia sido interditado por causa dos pedaços
de concreto que se soltavam da estrutura.
Na época, a Secretaria de Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura
(Semopi) realizou inspeção no local e constatou, dentre outras
irregularidades, o comprometimento estrutural dos primeiros vãos ao lado
da avenida Prudente de Morais.
De acordo com a decisão, "decorridos mais de três anos da primeira
requisição à Semopi sobre a estrutura do viaduto, nenhuma providência
efetiva foi adotada desde então [...], expondo a grave risco a vida das
pessoas que transitam sob e sobre a estrutura, o que evidencia a
necessidade de imediata intervenção do Poder Judiciário para evitar uma
tragédia anunciada".
Nenhum comentário :
Postar um comentário