quarta-feira, 23 de abril de 2014

Ruas no entorno do viaduto do Baldo, em Natal, serão interditadas

Intervenção deve acontecer até as 12h desta quarta-feira (23).
Ação do MP na Justiça alega falta de segurança na estrutura do viaduto.
 
As ruas e avenidas do entorno do viaduto do Baldo, na zona Leste de Natal, irão sofrer intervenções a partir desta quarta-feira (23). O motivo é uma ação civil pública movida pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte contra a Prefeitura de Natal, recomendando a interdição da área por falta da segurança. O bloqueio deve começar ainda nesta manhã. A ação foi movida pela promotora Rossana Mary Sudário e acatada pela juíza Francimar Dias Araújo da Silva, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Natal.
Além do viaduto, que se encontra interditado desde outubro de 2012, trechos das avenidas Deodoro da Fonseca e Rio Branco, que ligam o Centro a zona Sul, também serão fechados. De acordo com a decisão, as áreas ficam bloqueadas até que sejam feitos os reparos na estrutura do viaduto.


Segundo o diretor de fiscalização da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, Carlos Eugênio Barbosa, o trabalho de interdição deve ser feito até às 12h. "Esse trabalho de interdição precisa de alguns ajustes. Algumas ruas terão o fluxo alterado, desviando o trânsito no entorno do viaduto", explicou ele.
O diretor pediu ainda a colaboração da população durante a interdição da área do Baldo. "Queremos que a comunidade em geral, que transita na região diariamente, procure outras opções. Vamos dar prioridade aos transportes de massa, uma vez que essa região tem grande trafêgo de ônibus e usários do transporte público", disse Carlos Eugênio.
A primeira denúncia sobre a deterioração das estruturas do viaduto, de acordo com o Ministério Público, foi feita em 2010, quando a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente instaurou um Inquérito Civil Público. A denúncia relata que o estacionamento da Companhia Energética do Rio Grande do Note (Cosern) já havia sido interditado por causa dos pedaços de concreto que se soltavam da estrutura.
Na época, a Secretaria de Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) realizou inspeção no local e constatou, dentre outras irregularidades, o comprometimento estrutural dos primeiros vãos ao lado da avenida Prudente de Morais.
De acordo com a decisão, "decorridos mais de três anos da primeira requisição à Semopi sobre a estrutura do viaduto, nenhuma providência efetiva foi adotada desde então [...], expondo a grave risco a vida das pessoas que transitam sob e sobre a estrutura, o que evidencia a necessidade de imediata intervenção do Poder Judiciário para evitar uma tragédia anunciada".


Nenhum comentário :

Postar um comentário