Que
os Municípios estão em grave crise financeira, o Congresso e o governo
federal já sabem. Estão cansados de saber. A missão agora é mostrar à
população local e aos agentes de informação, o que tem causado a grave
recessão de recursos e falência. Vamos levar ao conhecimento de todos os
brasileiros, o estrangulamento das receitas e a necessidade de urgente
reformulação do Pacto Federativo.
Tornou-se
nos últimos anos inviável administrar financeiramente as prefeituras
com as atuais políticas públicas adotadas pelo Governo Federal. Todas as
entidades estaduais (associações de municípios) sob a coordenação a CNM
– Confederação Nacional dos Municípios estarão promovendo no dia 11 de
abril de 2014 o fechamento das prefeituras (preservando os serviços
básicos). Os municípios vão parar em protesto contra a crise financeira e
a falta de atenção do Governo Federal e dos parlamentares no Congresso
Nacional.
O
dia 11 de abril de 2014 será um dia cívico, que servirá também para os
prefeitos mostrar à população os problemas que estão enfrentando, que
muitas vezes a solução não esta em suas mãos. O
cidadão precisa se informar até onde vai a responsabilidade de cada
representante político de seu Estado, para que a culpa não recaia sempre
sobre a figura dos Prefeitos.
O Que Queremos
A
CNM e Associações de municípios nos estados: AMURCES, AMBARCO, FAMES
(entidades estaduais) estão na luta para que os Municípios possam voltar
à vida e se recuperar da atual situação de falência financeira.
Portanto, estas são as bandeiras defendidas pelo movimento
municipalista:
1. Aumento de 2% do FPM (Prioridade);
As
propostas de emenda constitucional que estão tramitando no Congresso
(PEC 39/2013 SF e PEC 341/2013 CD) alteram a participação do Fundo de
Participação dos Municípios (FPM) dos atuais 23,5% para 25,5% da
arrecadação nacional do IPI e do IR. Isso representaria, em 2014, um
aporte de mais de R$ 7,2 bilhões aos cofres municipais, auxiliando,
sobretudo, os pequenos e médios Municípios que têm no FPM uma de suas
mais importantes fontes de receitas.
2. Reformulação da Lei Complementar 116/2003 ISS.
O
projeto idealizado pela CNM pretende além de incluir novas atividades
econômicas na LC 116/2003, resolver o problema da guerra fiscal no ISS,
alterando as operações de leasing, as operações com cartões de crédito e
débito e a pacificação do entendimento da tributação das obras de
construção civil. Com isso, será possível arrecadar, aproximadamente, R$
5 bilhões a mais a cada ano e promover uma melhor equidade de receitas
entre os Municípios.
3. Desonerações do IPI somente da parcela do da União.
O
governo federal pode conceder renúncias de impostos para fomentar a
economia. E, nestes últimos anos, uma das principais políticas
macroeconômicas foi a de desonerações no Imposto de Produtos
Industrializados (IPI). O problema disso é que o IPI compõe o FPM, e a
cada desoneração acaba acarretando menos FPM aos Municípios. Por isso,
precisamos que somente seja possível ao governo federal desonerar a sua
parte do imposto.
4. Apreciação pelo STF da Lei 12.734/2012 com a redistribuição dos royalties de petróleo e gás.
A
CNM, com o movimento municipalista, conseguiu – após imensa luta junto
ao Congresso Nacional – derrubar o veto a Lei 12.734/2012, que
redistribui de forma mais justa os royalties de petróleo e gás das
plataformas continentais. Esta lei encontra-se sob judicie no STF
esperando a manifestação da suprema corte sobre a sua
constitucionalidade. A CNM continua vigilante e atenta para que o STF
coloque em apreciação esta Lei.
5. Encontro de contas das dívidas previdenciárias.
Durante
a XVI Marcha, a CNM pautou a questão do encontro de contas das dívidas
dos Entes municipais junto à Previdência. Ou seja, abater da dívida dos
Municípios o que a Previdência deve a eles. Até o momento, a Receita
Federal e o Ministério da Previdência Social não concordaram com o
pleito proposto pela CNM.
Fonte: CNM, Comunicação AMURCES.
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