Dia histórico e de lembranças tristes para quem mora em Santa Cruz e Campo Redondo, cidades da região Trairi potiguar. Há 33 anos, a cidade de Santa
Cruz enfrentava a maior tragédia de sua história. As fortes chuvas fez
com que o açude Mãe D’água em Campo Redondo rompesse, consequentemente
desaguando toda sua água no açude de Santa Cruz, que também não suportou
e foi destruído. A partir daí, só Deus e Dona Maria de Fátima para
evitar com que o desastre que se anunciava, provocasse milhares de
mortes na população, até então desavisada de Santa Cruz.
Ao saber da notícia, Maria de Fátima que era telefonista de Campo Redondo
ligou imediatamente para o Monsenhor Raimundo, pároco da freguesia, e o
então prefeito Hildebrando Teixeira dando–lhes a triste notícia. Por
ser 01 de abril, dia da mentira, muitos não quiseram acreditar na
informação, mas foram convencidos por carros de som
distribuídos na cidade, e o serviço de som, da necessidade urgente de
fugirem para as partes altas da cidade de Santa Cruz, sendo abrigados em
prédios públicos.
A enchente
de 1981 provocou seis mortes e a destruição de mais de 1 mil casas,
cuja correnteza atingiu ainda quatro municípios. O desastre foi tão grande, que chegou a derrubar torres de energia da Chesf, deixando o Rio Grande
do Norte às escuras durante uma semana. O governador da época decretou
estado de calamidade, e a partir daí várias ações de solidariedades
foram intensificadas na cidade, com doações chegando de várias regiões
do Brasil.
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