Secretário Municipal de Educação se recusou a gravar entrevista.
Os cadernos estão à espera de conteúdo e os alunos em busca de aulas. Na
comunidade de Rio do Feijão, em Pedro Avelino, região Central do Rio
Grande do Norte, os que dependem do transporte escolar para frequentar a
escola estão enfrentando dificuldades. Quebrados, os ônibus que atendem
a zona rural do município estão parados. É o que mostra reportagem
feita pela Inter TV Cabugi.
As aulas na rede pública de Pedro Avelino
começaram no dia 10 de março. Procurado para falar sobre o problema, o
secretário Marcos Tavares da Fonseca se recusou a gravar entrevista.
Disse apenas que o município possui cinco ônibus, mas três estão
quebrados.
Sem transporte, alunos e pais ficam frustrados. “De quinta-feira pra cá
ele não veio ainda. Essa semana com certeza ele não vem. Lá pra outra
eu acho que ele vem. Não é possível que não venha de segunda pra lá,
né?”, lamenta o estudante Marcos Iranilson da Silva. Ele é um dos 30
estudantes da comunidade que dependem do veículo para estudar.
“E ainda vão querer culpar o aluno. É difícil essa situação. Eu já fui
professora e sei”, afirma Maria de Fátima Abreu, hoje dona de casa.
Pelos dados da Secretaria de Educação de Pedro Avelino, cerca de 600
alunos dependem do transporte público para frequentar as salas de aula.
Metade deles vive em comunidades rurais.
Outro exemplo é Quilombola da Aroeira, que tem 24 jovens matriculados
nas escolas da cidade. “Já não tem muito o que fazer aqui. E sem estudar
fica pior”, reclama Hélia Lúcia da Silva, mãe de um aluno.
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