Capacitação do Mais Médicos em Natal
Em plena crise de baixos salários recebidos por médicos cubanos e
descaso de prefeituras municipais no Brasil, o programa Mais Médicos vai
expandindo sua presença no Rio Grande do Norte.
Neste mês de fevereiro foram incorporados mais 06 médicos brasileiros
que irão trabalhar em Macaíba (02), Upanema (01), Governador Dix-Sept
Rosado (01), Luís Gomes (01) e Natal (01). Até a próxima sexta-feira
(21) está sendo esperado um novo contingente de médicos importados.
152 médicos importados do programa Mais Médicos já estão atuando no Rio
Grande do Norte. O resultado disso ainda não pode ser medido, apesar da
satisfação percebida em comunidades periféricas e interioranas.
Por outro lado, três médicos estrangeiros, dois espanhóis e um
boliviano, que estavam atuando no município de Ceará-Mirim, pediram para
sair devido a falta de condições de moradia, transporte e trabalhado.
Essas condições teriam que ser oferecidas pela Prefeitura de
Ceará-Mirim, e não foram. Ceará-Mirim, pelo visto, não precisa de
médicos e seu povo não precisa de atendimento na área de Saúde.
Casos como o de Ceará-Mirim despontam em várias partes do Brasil, mais
notadamente envolvendo médicos cubanos. Os médicos cubanos vieram ao
Brasil com remuneração estabelecida de 10 mil reais, o mesmo que recebem
os médicos de outros países no programa Mais Médicos.
A questão é que os 10 mil reais pagos pelo governo brasileiro aos
médicos cubanos vão direto para o governo de Cuba. Esse, por sua vez,
envia para os médicos algo em torno de 900 reais. Como esses médicos
cubanos, em muitos municípios brasileiros, têm que arcar com todas as
despesas, a quantia de 900 reais finda não dando para suas próprias
sobrevivências.
Sem dinheiro para trabalhar, nem para viver, os médicos cubanos estão
buscando sair do buraco em que se meteram, e procuram desertar. Deixaram
um país de terceiro mundo, Cuba, e vieram para um mais abaixo nessa
lamentável escala hierárquica, o Brasil.
Alguns deles devem estar pensando: "eu era feliz em Cuba e não sabia".
Também se faz necessário um posicionamento sobre o fato do governo
brasileiro pagar 10 mil reais para o médico cubano, da mesma forma que
paga 10 mil reais para os médicos de outros países, e o médico cubano
receber tão pouco. A parte do leão, a imensa parte do leão, fica mesmo é
com o regime de Cuba.
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