quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Mais médicos se expande no RN e vive crise de baixos salários para cubanos no Brasil

 
 Capacitação do Mais Médicos em Natal
Em plena crise de baixos salários recebidos por médicos cubanos e descaso de prefeituras municipais no Brasil, o programa Mais Médicos vai expandindo sua presença no Rio Grande do Norte.
Neste mês de fevereiro foram incorporados mais 06 médicos brasileiros que irão trabalhar em Macaíba (02), Upanema (01), Governador Dix-Sept Rosado (01), Luís Gomes (01) e Natal (01). Até a próxima sexta-feira (21) está sendo esperado um novo contingente de médicos importados.
152 médicos importados do programa Mais Médicos já estão atuando no Rio Grande do Norte. O resultado disso ainda não pode ser medido, apesar da satisfação percebida em comunidades periféricas e interioranas.
Por outro lado, três médicos estrangeiros, dois espanhóis e um boliviano, que estavam atuando no município de Ceará-Mirim, pediram para sair devido a falta de condições de moradia, transporte e trabalhado. Essas condições teriam que ser oferecidas pela Prefeitura de Ceará-Mirim, e não foram. Ceará-Mirim, pelo visto, não precisa de médicos e seu povo não precisa de atendimento na área de Saúde.
Casos como o de Ceará-Mirim despontam em várias partes do Brasil, mais notadamente envolvendo médicos cubanos. Os médicos cubanos vieram ao Brasil com remuneração estabelecida de 10 mil reais, o mesmo que recebem os médicos de outros países no programa Mais Médicos.
A questão é que os 10 mil reais pagos pelo governo brasileiro aos médicos cubanos vão direto para o governo de Cuba. Esse, por sua vez, envia para os médicos algo em torno de 900 reais. Como esses médicos cubanos, em muitos municípios brasileiros, têm que arcar com todas as despesas, a quantia de 900 reais finda não dando para suas próprias sobrevivências.
Sem dinheiro para trabalhar, nem para viver, os médicos cubanos estão buscando sair do buraco em que se meteram, e procuram desertar. Deixaram um país de terceiro mundo, Cuba, e vieram para um mais abaixo nessa lamentável escala hierárquica, o Brasil.
Alguns deles devem estar pensando: "eu era feliz em Cuba e não sabia".
Também se faz necessário um posicionamento sobre o fato do governo brasileiro pagar 10 mil reais para o médico cubano, da mesma forma que paga 10 mil reais para os médicos de outros países, e o médico cubano receber tão pouco. A parte do leão, a imensa parte do leão, fica mesmo é com o regime de Cuba.

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