O líder do Democratas no Senado, José
Agripino (RN), disse que o Congresso Nacional precisa dar uma resposta urgente
aos anseios da sociedade e estabelecer regras severas de punição para autores
de atos de violência nas manifestações populares. Nessa terça-feira (11), o
Senado adiou, para maior discussão, a votação do projeto de lei conhecido como
anti-terrorismo. A proposta define como terrorismo o ato de provocar pânico
generalizado mediante ofensa à vida, à integridade física, à saúde ou à
privação da liberdade da pessoa. A pena é de 15 a 30 anos de reclusão e de 24 a
30 anos, se a ação resultar em morte.
“A sociedade toda está condenando
esse tipo de manifestação violenta, que fere e até mata, e isso tem que ser
tipificado para que a aplicação de penas rigorosas evite que fatos como esse se
repitam”, disse o senador referindo-se à morte do cinegrafista da TV
Bandeirantes, Santiago Andrade, depois de ser atingido por um rojão em uma
manifestação no Rio de Janeiro. Os dois jovens envolvidos na morte de Santiago
estão presos.
“Há um símbolo, que é um profissional
de imprensa, mas há toda uma onda de protestos irresponsáveis, inconsequentes e
que levam à insubordinação da ordem. Esse tipo de manifestação não tem o apoio
da sociedade e denigre a imagem do país”, ressaltou Agripino.
Sobre a possibilidade de a violência
diminuir a presença da sociedade nas manifestações pacíficas e legítimas,
Agripino destaca: “a sociedade é livre para reivindicar, para ir às ruas exigir
mudanças e exercer seu direito democrático de protestar, mas tudo precisa ser
feito na base da segurança de que não haverá feridos e mortos”.
Nenhum comentário :
Postar um comentário