sábado, 16 de novembro de 2013

Instalações de energia eólica estão paradas no Rio Grande do Norte

Uma das 45 Torre do complexo eólico de calango II, IV e V, na Massangana/Bodó/RN


Enquanto partes do Nordeste sofrem com quedas constantes no fornecimento de luz, instalações que poderiam gerar energia limpa estão paradas no Rio Grande de Norte. Investimento e trabalho jogados ao vento. João Câmara e Parazinho, no interior do estado nordestino, receberam 16 parques eólicos em janeiro, um sinal de novos tempos. Em um estado que vive a pior seca dos últimos 50 anos, não ficar tão dependente das hidrelétricas seria um alívio. Todas essas torres têm capacidade para gerar 460 megawatts por hora de energia limpa, o suficiente para atender uma cidade como Recife. “Você tem uma situação de ventos no Rio Grande do Norte que é ideal para a instalação de energia eólica e que, segundo os especialistas, é até melhor do que na Europa, por exemplo,”, analisa o geógrafo Sérgio Malta. Em uma subestação de uma das empresas, bastaria apertar um botão lá dentro para gerar energia o suficiente para abastecer uma cidade com até 500 mil habitantes. O problema é que essa geração ainda não tem como sair de onde estão. Faltam linhas de transmissão para levar a energia até o sistema interligado nacional. A rede de transmissão que deveria ter sido construída em janeiro deste ano e, agora, só deve ficar pronta em 2015. Só que as obras nem começaram e a Companhia Hidrelétrica do São Francisco, responsável pelas linhas, nem quis comentar.

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