Programa, que integra o Plano Brasil Sem Miséria, bate
recorde em setembro, com a instalação de mais de mil cisternas por dia. Meta do
governo federal é entregar 750 mil cisternas a famílias do Semiárido até 2014
O programa Água Para Todos, que integra o Plano Brasil Sem
Miséria, atingiu em setembro um recorde de entrega de cisternas a famílias do
Semiárido. Somente naquele mês, foram instaladas 31.061 tecnologias de captação
e armazenamento de água – mais de mil por dia. Desde 2011, quando o plano de
superação da extrema pobreza foi lançado, 401,7 mil cisternas foram entregues.
A meta do governo federal é chegar a 750 mil até 2014.
Saiba mais:
Do total de unidades entregues, mais de 300 mil são cisternas
de placa, financiadas pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome (MDS) e por parceiros como a Fundação Banco do Brasil e a Fundação
Nacional de Saúde (Funasa). Cada reservatório, construído com placas de
cimento, tem capacidade para 16 mil litros, suficientes para abastecer uma
família de cinco pessoas por até oito meses e, assim, amenizar os efeitos da
seca prolongada no Semiárido. As outras, fabricadas em polietileno, foram
financiadas pelo Ministério da Integração Nacional.
Para o secretário nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional do MDS, Arnoldo de Campos, este salto na execução do programa se
deve ao esforço conjunto do governo federal e dos parceiros. “No primeiro
semestre, tratamos de reunir com todos os parceiros para identificar gargalos e
pactuar ações voltadas a uma boa execução do programa. Agora estamos colhendo o
fruto deste esforço.”
Mobilização – Com tecnologia simples e de baixo custo, as cisternas de
placas mobilizam a própria comunidade no processo de construção. Para se
construir uma cisterna, concentração e cuidado são essenciais. Quem garante é o
pedreiro José Matias Alves, de 58 anos. Ele é o mais velho cisterneiro do
Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal
(Consisal) e, em um ano e meio, ergueu mais de 70 reservatórios no município de
Serrinha (BA). “Leva aproximadamente cinco dias”, calcula Alves, que fez o curso
de cisterneiro em junho de 2012 por meio do Programa Água Para Todos.
José Matias afirma que, antes de o programa chegar à cidade,
a vida era muito difícil e que essa ação governamental chega às pessoas mais
carentes da região. “Acumular água era complicado e quase impossível. Agora
isso mudou. A alegria é muito grande quando chega o caminhão pipa para encher a
cisterna”, conta.
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