sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

TJRN deve retomar atendimento externo no setor de precatórios na próxima semana

A presidência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte pretende retomar o atendimento externo no setor de precatórios - suspenso desde 10 de janeiro quando Carla Ubarana foi exonerada da chefia - no próxima  semana. No dia 09 de fevereiro completa-se o prazo de 30 dias fixado na portaria assinada pela presidente do TJRN, desembargadora Judite Nunes, para a primeira etapa da investigação de um esquema de fraudes nos processos de pagamentos de precatórios. Carla e o marido George Leal estão presos como principais suspeitos de liderarem as fraudes.

Desembarcadora Judite Nunes anunciará, na proxima semana, reabertura do setor de precatórios ao público externo

                         Desembarcadora Judite Nunes anunciará, na proxima semana, reabertura do setor de precatórios ao público externo

Na portaria suspendendo o  atendimento externo do setor de precatórios, a presidência do TJRN também nomeou a comissão de sindicância responsável  pela investigação interna e anunciou outras providências, como a  "reestruturação" do setor.  A assessoria de imprensa do TJRN não forneceu detalhes sobre  a restruturação, mas confirmou a data da retomada do atendimento.
A reestruturação do setor é um dos aspectos que desperta a atenção dos meios jurídicos e advocatícios. Espera-se um controle interno maior diante das evidências, apontadas nos autos preliminares da investigação sobre as fraudes, de que o setor funcionava com autonomia demais e fiscalização insuficiente.
"Houve delegação demais de poderes. Isso sem um controle eficaz. O setor de precatórios movimenta um volume muito grande de dinheiro. Então, é necessário ter maneiras eficazes de controle", analisa Paulo Eduardo Teixeira, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte, em entrevista a TN desta sexta-feria.
De acordo com a determinação da desembargadora Judite Nunes, os processos e demais documentos sobre os precatórios e requisições de pequeno valor referentes aos cinco últimos exercícios financeiros (entre 2007 e 2011) serão alvos da investigação. Para cada ano, a desembargadora determinou o prazo de 30 dias para que fosse realizada a análise pela comissão de sindicância interna, presidida pelo desembargador Caio Alencar. Ao fim de cada análise/período,s será encaminhado relatório explicando o que foi encontrado e as possíveis irregularidades.

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