quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Demorou mas caiu "Ministro das Cidades anuncia que deixará o cargo'

    Mário Negromonte vai entregar carta de demissão a Dilma nesta quinta-feira

Após denúncias, Negromonte viu dois auxiliares serem demitidos no ministério
O ministro das Cidades, Mário Negromonte, comunicou nesta quarta-feira (1º) a integrantes do PP, seu partido, que vai apresentar sua carta de demissão à presidente Dilma Rousseff nesta quinta (2), quando ela retorna ao Brasil após uma viagem a Cuba e Haiti. De acordo com o deputado Vilson Covatti (PP-RS), a legenda pretende deixar para Dilma a escolha do substituto.

Entenda o caso

A saída de Negromonte já era esperada desde que o volume de denúncias contra ele começou a aumentar, no ano passado. A primeira suspeita sobre o ministro das Cidades surgiu em agosto de 2011, quando a revista Veja publicou reportagem em que ele era acusado de oferecer R$ 30.000 a deputados de seu partido em troca de apoio para que não perdesse a influência dentro do PP. O caso, segundo a publicação, chegou ao gabinete da ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, e, consequentemente, ao da presidente.

No mesmo mês, a revista Isto É revelou que a principal patrocinadora da campanha de Negromonte para a Câmara dos Deputados foi beneficiada em um contrato com a Petrobras que o TCU (Tribunal de Contas da União) considerou irregular.

No fim de novembro, reportagem do jornal O Estado de S. Paulo apontou que o ministro teria dado aval para que a diretora de mobilidade da pasta, Luiza Vianna, forjasse um documento que adulterou um parecer técnico para autorizar a implantação de um VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) em Cuiabá (MT), uma das sedes da Copa de 2014, onde originalmente haveria uma linha rápida de ônibus.

Nas últimas duas semanas, outras duas denúncias vieram à tona por meio do jornal Folha de S. Paulo. A primeira reportagem indicava a realização de reuniões entre lobistas de uma empresa de informática e parlamentares aliados de Negromonte para negociar a vitória em uma licitação da pasta que sequer estava aberta.

No último domingo (29), a Folha publicou um documento em que o ministro pedia ao Ministério do Turismo que beneficiasse com recursos de uma emenda parlamentar de sua autoria o município baiano de Glória, administrado por sua mulher, Ena Vilma.

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