sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Técnica inédita de radiocirurgia trata cancro sem cortes




 Uma tecnologia inédita de radiocirurgia corpórea adoptada pelo Instituto do Câncer de São Paulo, no Brasil, permite realizar terapias mais curtas e eficazes para casos em que, por condições clínicas, os pacientes não possam ser submetidos à cirurgia convencional. O Icesp é o primeiro hospital público do Brasil a adoptar o novo procedimento, avança o portal ISaúde.

O tratamento é indicado para tumores primários ou metástases no pulmão e na coluna vertebral, desde que isolados e com até cinco centímetros de diâmetro. A nova tecnologia visa concentrar uma grande dose de radiação em focos bastante específicos, provocando a morte das células cancerígenas através da quebra do ADN, com risco mínimo de danos aos tecidos sadios.

O equipamento possibilita que, mesmo havendo uma pequena movimentação do tumor, provocada pela respiração, somente a área programada seja atingida. Isso porque o aparelho ajusta os disparos quando o tecido saudável fica à frente do dispositivo emissor da radiação. O procedimento dura, em média, uma hora e permite ao paciente voltar à rotina diária imediatamente.

Antes de dar início ao tratamento, uma imagem do tumor gerada pelo próprio aparelho é feita para que a equipa de médicos e físicos possa posicionar o alvo que será submetido à radiocirurgia.

Justamente por essa precisão, a técnica promove maior protecção dos tecidos vizinhos contra a radiação quando comparada ao tratamento de radioterapia convencional. Por isso, embora recebam uma dose elevada de radiação, os pacientes apresentam uma tolerância muito maior à nova técnica.

O período de tratamento também é mais curto. São necessárias de uma a cinco aplicações, número que pode saltar para 30 no caso da radioterapia comum. De acordo com o director Geral do Icesp, Paulo Hoff, "mesmo sendo indicada para um perfil específico de pacientes, a técnica tem revolucionado a vida de muitas pessoas, que passaram a ter acesso a um tratamento de ponta e com mais qualidade de vida".

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